May
21

Maioria quer mudar de emprego no país, diz pesquisa

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Folha de S.Paulo
20 de maio de 2018 - 14:02

Maioria-quer-mudar-de-emprego-no-pais-diz-pesquisa-televendas-cobranca

Por: Anna Rangel

Três em cada quatro brasileiros querem trocar de emprego neste ano, segundo pesquisa da empresa recrutadora Hays.

Entre as principais razões citadas para a mudança estão a falta de desenvolvimento profissional e a busca por uma remuneração maior. O levantamento nacional ouviu 3.600 funcionários de 400 empresas.

Nem sempre é preciso mudar de endereço para renovar a carreira. “Transitar pelas áreas da empresa é cada vez mais comum. As organizações valorizam um funcionário que passa por diversos setores”, afirma Caroline Cadorin, gerente da recrutadora.

Quem deseja fazer a troca deve avaliar as competências que já tem e definir as que terá de desenvolver no novo posto, aconselha ela.

A primeira análise identifica em quais áreas o profissional se encaixaria. A segunda permite traçar um plano de preparo, que pode incluir desde cursos de capacitação e especialização até estudo por conta própria.

Trocar de emprego só considerando remuneração não é aconselhável, segundo a professora Laura Castelhano, da Business School São Paulo. Ela diz que é preciso avaliar as chances de ascender profissionalmente a longo prazo.

“O funcionário precisa ter certeza de que consegue fazer bem o trabalho para o qual se candidatou, e isso só vem de uma análise honesta a respeito do que ele sabe e do que não sabe fazer.”

A mudança pode partir do profissional ou da própria empresa, quando ela identifica no empregado habilidades úteis em outras frentes.

Aconteceu com Roberto Cury, 30, que deixou a área de análise de resultados e estratégias da Audi para atuar como supervisor de atendimento ao cliente. “O conhecimento que trazia foi fundamental, já sabia quais eram os problemas no novo setor e como solucioná-los”, afirma.

Para complementar a experiência, estudou gestão antes de assumir o novo cargo.

A publicitária Thaís Souza, 27, trocou de área depois de avisar a sua gestora no Banco Santander que estava em busca de desafios maiores.

Ela havia sido admitida como estagiária e já tinha atuado em várias funções no departamento de marketing. “Após cinco anos e meio ali, veio desejo de mudança. Mas não queria sair da empresa.”

Há um mês, a publicitária trabalha com análises de experiência do usuário em dispositivos móveis, internet banking e call center para aprimorar o contato com clientes. A ex-gestora a apoiou, fazendo a ponte entre ela e o setor de destino.

PERSPECTIVA

A empresa deve ser transparente a respeito das chances de troca, recomenda Mariana Aguilar, gerente sênior de Recursos Humanos da Audi. “Se o funcionário não tem as competências necessárias, deve ser alertado. Não podemos criar uma expectativa que não será realizada.”

O biomédico Rogério Mauad, 36, experimentou por seis meses uma transição de consultor médico para gerente de produtos na farmacêutica Novartis. Não gostou e voltou à posição anterior, sem prejuízo para a carreira.

“A decisão de voltar foi tranquila, gosto muito da área médica”, diz. “É uma movimentação lateral, mas variar é interessante até para aumentar a empregabilidade.”

O profissional deve tomar cuidado para não se desmotivar no período entre a decisão de mudar e a concretização. “É comum a pessoa parar, nessa fase, de entregar resultados, mas isso pode lhe fechar portas, já que gestores de diferentes áreas conversam”, lembra Lúcia Costa, da recrutadora Stato.

ANTES DE AVISAR O RH

Aumente suas chances de sucesso na hora de pedir transferência

INVENTÁRIO

É importante conhecer suas melhores competências antes de vendê-las para a empresa. Faça um balanço para identificar como pode contribuir com a nova área, em quais cursos de capacitação investir e se você é mesmo adequado para a posição

LEITURA

Entenda o processo de transferência interna da organização. Em alguns casos, o melhor caminho é iniciar a abordagem pelo atual gestor. Em outros, notificar o departamento de RH durante o processo de feedback, por exemplo, é o mais indicado

ESTRATÉGIA

Mudar só pelo desejo de salário maior ou por conflitos na área de origem pode não dar bom resultado. Considere planos de longo prazo

Fontes: Caroline Cadorin, da recrutadora Hays, e Laura Marques Castelhano, professora da BSP (Business School São Paulo)

CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.

» Conheça os colaboradores que fazem o Blog Televendas e Cobrança.

Gostou deste artigo? Compartilhe!

Escreva um comentário:

[fechar]
Receba as nossas novidades por e-mail:
Cadastre-se agora e receba em seu e-mail:
  • Notícias e novidades do segmento de contact center;
  • Vagas em aberto das principais empresas de Atendimento ao Cliente;
  • Artigos exclusivos sobre Televendas & Cobrança assinados pelos principais executivos do mercado;
  • Promoções, Sorteios e muito mais.
Preencha o campo abaixo e fique por dentro das novidades: