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O perigo de banalizar os elogios

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Exame
20 de março de 2017 - 18:02

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Por: Bel Pesce

Na edição passada escrevi sobre como é bom comemorar quando somos reconhecidos pelo nosso trabalho — e como isso aumenta nossa responsabilidade. Agora, vou falar sobre a importância de perceber quando um funcionário entrega resultados acima da média — e saber demonstrar isso.

Não é algo trivial. Cada funcionário tem uma expectativa em relação ao que a empresa deve lhe proporcionar e o que ele deve entregar. E todo empreendedor tem seu jeito de liderar a equipe. Quando os dois lados não combinam, o diálogo fica difícil. Já sofri com isso algumas vezes.

Eu, por exemplo, sei como é difícil achar gente comprometida e competente. Então, quando há alguém que vem fazendo um trabalho bem-feito, quero logo falar um monte de elogios.

Pode acontecer de o que foi feito até ali ser só um pedacinho de algo muito maior, e o reconhecimento imediato pode atrapalhar e não ajudar. Vai de cada um, mas pesquisas mostram que confete demais pode desviar uma pessoa da meta. Pior ainda, pode dar a falsa sensação de que você realizou mais do que realmente fez.

Quando algo é muito celebrado, o cérebro pode entender que você já conseguiu o que precisava. Segundo essa ideia, pessoas assim tendem a ser menos produtivas. Não acho que seja assim com todo mundo — mas já trabalhei com pessoas que ficavam cheias de si ao ser elogiadas e perdiam o senso de urgência para levar o projeto ao máximo de qualidade.

Trabalhei com pessoas que tinham uma necessidade enorme de ser reconhecidas toda hora. Ficam mal se não são elogiadas a cada passo dado. Fazem questão de que todos saibam quanto são esforçadas. Esse perfil não combina comigo. É questão de tempo até os dois lados ficarem infelizes.

Também vejo por aí alguns em­preen­dedores que nunca elogiam nada. A falta de reconhecimento pode desmotivar o funcionário, que fica com a sensação de que está sempre abaixo do esperado. Não dá para ser assim. Não há nada pior do que o funcionário pensar que está fazendo mais do que deveria e seu chefe achar ele que está fazendo menos.

Como pensar no dia a dia e na estratégia ao mesmo tempo?

Gabriela Nunes | Travel And Coffee To Go — São Paulo, SP

Ao começar um negócio, a tendência é mesmo ficar sempre apagando incêndios. As empresas que mais crescem são aquelas comandadas por quem não deixa de lado a execução do dia a dia, mas sabe exatamente em que direção está indo e age rapidamente quando alguma coisa foge do objetivo.

Para mim, o que funciona muito bem é reservar algumas horas por semana para pensar sobre o que eu gostaria que acontecesse com minha empresa dentro de um mês, seis meses, um ano e de cinco anos. Até mesmo quando estou fora do escritório procuro manter essa rotina.

Depois de pensar nessas metas, estabeleço os passos que preciso dar para atingir cada uma delas e já começo a executar as tarefas necessárias para que isso aconteça. Sempre revejo esses passos para ter certeza de que eles realmente me ajudarão a atingir as metas que tracei para daqui a cinco anos e, sempre que necessário, mudo meus planos.

Quero empreender, mas tenho receio de pedir demissão. O que fazer?

Bruno Viana — Fortaleza, CE

Não existe momento certo para pedir demissão. É preciso ter uma estrutura forte para seguir o caminho do empreendedorismo. Para isso, cada um deve levar em conta suas limitações pessoais e financeiras. Sinto calafrios cada vez que alguém me fala que pediu demissão para empreender, mas ainda não sabe o que fará. Ao tomar uma decisão dessas, os riscos devem ser bem calculados.

Meu caso é um bom exemplo. Me apaixonei pelo empreendedorismo no primeiro ano de faculdade, aos 17 anos. Mas até os 23 eu tocava meus projetos pessoais enquanto trabalhava em outras empresas. Eu tinha clareza de minhas limitações financeiras, afinal eu morava sozinha, fora do país, e precisava me manter e pagar as contas.

Começar um negócio enquanto ainda está empregado também é uma forma de evitar maiores decepções. É comum encontrar empreendedores que pensam em um negócio e, logo no início das atividades, percebem que aquela empresa não tem tanto a ver com o que gostariam de fazer. O ideal é iniciar como uma atividade paralela e só pedir demissão quando tiver indicativos de que o desafio é mesmo empolgante e o negócio trará retorno.

Sou bem desorganizado e não sou workaholic. Devo colocar outra pessoa no comando do negócio?

Arthur Candido | Thurbo Variedades — Guarulhos, SP

Antes de tomar uma decisão sobre contratar alguém para ocupar seu lugar é fundamental levar em conta suas características pessoais, analisar os resultados da empresa e perceber se é possível conciliar a vida que você quer com o desafio de tocar um negócio.

O empreendedor não precisa ser work­aholic. Tem gente que trabalha muito e é bem-sucedido, mas também tem alguns que trabalham muito porque não são eficientes. Eu procuro ter em mente que sempre posso crescer, então acho que você deve procurar uma mentoria e se aprimorar. Isso é sempre válido. Mas não é preciso abrir mão de características pessoais.

Tem pessoas que funcionam melhor no caos e se encontram em meio à sua própria desorganização. No seu caso, trabalhar 18 horas por dia pode significar render menos do que se você trabalhasse com eficiência durante uma jornada de 8 horas.

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