Por: Giselle Santos
O Princípio de Pareto é sempre citado quando pensamos em gestão de tempo e eficiência, mas e se pensarmos em aplicá-lo de uma forma lúdica para gerar cultura de colaboração e trabalho em equipe?
A Análise de Pareto pode ser definida de diversas formas. Algumas pessoas argumentam que o termo, que sugere que em muitas ocorrências, 80% das consequências advém de 20% das causas, serviu de inspiração para grandes empresas que encontraram em seu modelo de 80/20 uma forma de fomentar a criação e a felicidade em um ambiente empresarial.
Dois exemplos de empresas que acertaram ao aplicar o princípio de Pareto são: o Google, que arrebatou o Gmail durante a sua versão 80/20 (também conhecida como a Genius Hour) e a 3M – que na verdade tinha uma proporção um pouco diferente, 85/15 – e mesmo assim abocanhou para sempre uma das invenções mais interessantes e rentáveis de seu portfólio: o Post-it.
A questão central então se torna a seguinte: como aplicar a lei do 80/20 para desenvolver estratégias de colaboração e uma cultura de compartilhamento de conhecimento?
É muito importante ressaltar que as trilhas descritas abaixo não podem ser encaradas como uma regra matematicamente fixa e exata. As reações podem variar de organização para organização, ou até em um nível mais micro… como de setor para setor. Por isso, é preciso muita atenção na hora de analisar os resultados – nem todos terão como resultados, verdadeiros exemplos de inovação disruptiva.
Crie momentos em que sua equipe possa escolher o que aprender. Organize um espaço, virtual ou presencial, que será dividido em duas áreas: O que quero aprender hoje? O que eu posso ensinar hoje?
Neste espaço vale tudo, desde receita de brigadeiro até física quântica, ou aquele truque no teclado para quando o shift não funciona. Estabeleça um momento, dentro do horário de trabalho, em que a equipe possa se reunir e decidir, de forma coletiva, o que será ensinado e o que será aprendido. Está criada uma oportunidade para a constatação de talentos, melhoria de comunicação e estreitamento de laços de equipe. Os momentos de sintonia e reciprocidade germinarão ao longo da jornada de trabalho de uma forma mais natural e proficiente.
Proponha projetos paralelos que sejam integralmente de natureza colaborativa, ao melhor estilo de quebra-cabeça, lance desafios em grupo para solucionar problemas cotidianos como o alto consumo de energia elétrica, desperdício de material de escritório ou a criação de áreas de lazer ou descompressão.
A boa e velha gincana pode ganhar um caráter mais inovador se abarcar características de hackathon, como prazos e culminâncias para apresentação de resultados.
Por definição, colaboração significa ter participação em obra coletiva e vai muito além da interação clássica do ambiente de trabalho. Se estabelecermos uma proporção em que pelo menos 20% do nosso trabalho dependa de uma parceria, patentearemos 80% de uma cultura de contribuição e cooperação.
Sugiro um desafio: você me ensina algo novo usando o espaço para comentários e para cada coisa nova aprendida, compartilharei algo novo também. #partiucolaboração?
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