Entenda como a geração Z está no cenário dos altos números de demissão voluntária no mundo
A geração Z é caracterizada pelo otimismo, o imediatismo, a capacidade de serem multitarefas e a preocupação em buscar a satisfação no trabalho, fazendo o que se gosta e encarando os desafios como etapa inerente ao sucesso, por isso, muitas vezes esses são taxados de inconsequentes por tomarem atitudes consideradas arriscadas no mercado de trabalho.
Entretanto, o que poucos esperam é que seja uma geração de jovens que buscam estabilidade, em pesquisa realizada pela ThoughtExchange, 34% dos jovens entrevistados responderam que planejam ficar em nas empresas que estão por pelo menos 5 anos e 28% planejam ficar por tempo indeterminado.
A imensa onda de demissões voluntárias, que agora chegou ao Brasil, foi identificada em 2021 quando em torno de 4 milhões de norte-americanos se demitiram em um único mês. De acordo com dados, só em fevereiro de 2022, mais de 500 mil brasileiros largaram seus empregos, incluindo os mais diversos cargos.
Em relatório da pesquisa, McKinsey’s Great Attrition, Great Attraction, realizada para entender os motivos dessa demissão em massa, os motivos mais votados pelos quase 600 entrevistados que largaram seus atuais empregos sem nenhuma outra oportunidade garantida, estão: chefes indiferentes; expectativas insustentáveis e nenhuma oportunidade de crescimento.
Ao fazer uma comparação, os aspectos valorizados pelos jovens Z são alguns dos aspectos que estão sendo usados como motivos dessas demissões. Ainda na pesquisa primeira pesquisa mencionada, 96% dos entrevistados disseram que é importante que se sintam valorizados, incluídos e capacitados no trabalho, 80% dos entrevistados preferem um trabalho que lhes permita explorar e desenvolver vários conjuntos de habilidades, em vez de um trabalho focado em um conjunto específico de habilidades, 79% dos entrevistados valorizam ter um gerente que se preocupa tanto com seu desenvolvimento pessoal quanto com seu desenvolvimento profissional.
De acordo com Fábio Martins, que atua há mais de 15 anos na área de Recursos Humanos e é Head de Pessoas & Operações da Academia da Universitario, HRtech de recrutamento e processos seletivos para estágio, “Acredito que não há uma dificuldade em lidar com a geração Z em específico, o que ocorre é que existe um impasse na convivência, pela falta de conhecimento em como funciona essa geração quando exposta a outras gerações, então precisa-se de mais dados e disponibilidade de todas as gerações para trabalharem juntas gerando o melhor resultado”.
Integração Geracional precisa ser fomentada dentro das empresas pra ontem
Não só a Geração Z mas as outras gerações também mudaram suas preferências durante o período de pandemia. Na Academia do Universitário, 90% das vagas de estágio ofertadas pelas empresas que trabalham com a startup em 2022, são no modelo híbrido, incluindo multinacionais e startups. Ou seja, as empresas estão em busca de se adaptar às atuais demandas para conter essa onda de demissões e entregar um melhor ambiente de trabalho.
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