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20 de janeiro de 2025 - 17:00

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Apenas 27% dos funcionários que trabalham em escritórios têm uma relação saudável com o trabalho, segundo pesquisa global da HP. Veja quais países mais buscam unir saúde física e mental com o emprego

A relação com o trabalho, principalmente no escritório, está colocando em risco a saúde dos profissionais, e há dados globais que comprovam isso: apenas um quarto (27%) dos funcionários que trabalham em escritórios, têm uma relação saudável com o trabalho, segundo “Índice de Relações com o Trabalho” realizado pela HP, empresa de computadores pessoais e impressoras.

O estudo analisou mais de 50 aspectos do relacionamento da sociedade com o trabalho no formato on-line, em 12 países: EUA, França, Índia, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Austrália, Japão, México, Brasil, Canadá e Indonésia.

Considerando os países analisados, o Japão é o país que apresenta o menor índice (5%) de funcionários que tem uma relação saudável com o trabalho, de acordo com o estudo. Apesar do Brasil apresentar um índice acima da média global (37%), o país que apresentou o melhor índice do ranking foi a Índia com 50% dos funcionários.

“A primeira edição do Índice de Relação com o Trabalho da HP mostrou que o relacionamento do mundo com o trabalho está em um ponto de ruptura. De acordo com os achados do estudo, existem seis fatores que devem ser levados em consideração para redefinir essas relações, como liderança e espaços de trabalho. Ao redefinirmos essas relações, podemos evitar o cenário de ruptura que se desenha para o futuro,” afirma Ricardo Kamel, presidente da HP no Brasil.

Veja como cada país se posiciona neste ranking e as expectativas de seus profissionais com o futuro do trabalho.

Como o mundo está se relacionando com o trabalho?

As relações dos profissionais de escritório com o trabalho variam muito de acordo com cada país, desde 5% que têm um relacionamento sadio no Japão até 50% na Índia.

Em geral, esse relacionamento é mais saudável em economias emergentes do que em alguns dos mercados mais consolidados, dos quais todos – exceto os EUA, por um ponto apenas – ficaram na média global de 27% ou abaixo dela.

HP Work Relationship Index (% de trabalhadores do conhecimento que têm uma relação saudável com o trabalho

Como a relação com o trabalho pode impactar a saúde mental e física?

Os trabalhadores do conhecimento afirmaram no estudo que, quando sua relação com o trabalho não é como gostariam que fosse, eles têm dificuldades em termos de bem-estar mental, emocional e físico:

Em relação à saúde física, 62% disseram que:

Comem mais comidas pouco saudáveis

Não se exercitam tanto

Não conseguem dormir bem

Ganham peso

Em relação ao bem-estar mental e/ou emocional, 55% apontaram que:

Sofrem com a saúde mental

A autoestima cai

Sentem que se perderam

Sentem-se como tendo fracassado na vida

Sentem-se isolados

Outros dados reforçam esses pontos:

Quase metade (48%) dos trabalhadores do escritório estão muito esgotados emocional e fisicamente para realizar atividades e cumprir responsabilidades pessoais;

Não conseguem investir em si mesmos e em seus relacionamentos (45%);

Eles afirmam que perderam o interesse por coisas como hobbies e a vida fora do trabalho (59%). Isso os faz se sentirem inferiorizados e incapazes de serem os amigos, companheiros ou até mesmo os pais que gostariam de ser.

Esses sentimentos podem impactar além da vida profissional, criando um círculo vicioso – a vida impactando negativamente o trabalho, que impacta negativamente a vida e assim por diante.

Relações não saudáveis podem custar para os negócios?

Apesar de 27% dos trabalhadores do conhecimento se relacionarem saudavelmente com o trabalho, de acordo com os países estudados, 32% não têm uma relação saudável com ele e 41% estão em uma “zona de risco”.

A maioria (76%) das pessoas que não têm relações saudáveis com o trabalho cogita sair de sua empresa atual.

Além disso, trabalhadores que não se relacionam com o trabalho de maneira sadia não estão propensos a apoiar sua empresa: um quarto (24%) está disposto a recomendá-la como um bom lugar para trabalhar. Essa tendência é especialmente forte em pessoas de países desenvolvidos:

Reino Unido (20%),

França (19%),

Alemanha (19%),

Japão (12%).

Quando a relação deles com o trabalho não é como eles gostariam, % dos trabalhadores do conhecimento que…

O quanto a pessoa está disposta a ganhar para gostar mais do trabalho?

Trabalhadores do conhecimento na verdade considerariam ter um salário mais baixo para ter mais satisfação com o trabalho, segundo o estudo da HP: 83% deles de fato estão dispostos a ganhar menos se isso significar gostar mais do trabalho.

% dos trabalhadores do conhecimento que estão dispostos a aceitar um salário mais baixo em troca de uma relação melhor com o trabalho

Índia: 96%

Brasil: 92%

Indonésia: 91%

México: 90%

Japão: 84%

Canadá: 84%

Espanha: 81%

Austrália: 81%

França: 79%

EUA: 76%

Reino Unido: 74%

Alemanha: 74%

Os mais jovens estão particularmente dispostos a ir além das palavras e agir: 93% dos trabalhadores do conhecimento da geração Z e 89% da geração Y estão dispostos a reduzir seus salários por uma relação melhor com o trabalho.

Quais são as expectativas dos funcionários de escritório com a qualidade de relacionamento com o trabalho?

Na média global, 58% dos trabalhadores de escritório afirmam que suas expectativas quanto à qualidade de seu relacionamento com o trabalho aumentaram nos anos recentes:

Índia: 78%

Indonésia: 76%

Brasil: 71%

México: 68%

Global: 58%

Espanha: 57%

Canadá: 57%

Austrália: 55%

França: 54%

EUA: 53%

Alemanha: 52%

Reino Unido: 47%

Japão: 27%

As gerações também possuem um papel importante neste estudo. As gerações Z e Y são as que estão exigindo mais do trabalho e do local de trabalho, embora mais de 50% da geração X e mais de 40% dos “baby boomers” estejam se impondo também.

% dos trabalhadores do conhecimento que afirmam que as expectativas quanto à relação com o trabalho aumentaram nos últimos dois ou três anos:

Geração Z: 65%

Geração Y: 65%

Geração X: 51%

Baby Boomers: 43%

O que se espera do futuro do trabalho?

Os líderes das empresas e seus funcionários concordam sobre a importância de criar – e vivenciar na prática – a conexão emocional e a empatia no trabalho.

Os líderes das empresas concordam que um novo tipo de liderança é necessário, com:

77% deles reconhecendo a importância de a liderança sênior mostrar empatia e

70% afirmando que é importante que os líderes tenham inteligência emocional para serem bem-sucedidos.

Ainda que essas porcentagens sejam altas entre os líderes, eles não estão cumprindo suas próprias metas comportamentais, do ponto de vista dos empregados:

41% dos trabalhadores do conhecimento acham que a inteligência emocional demonstrada pelos líderes das empresas onde trabalham não tem atendido a suas crescentes expectativas.

Especificamente, os trabalhadores do conhecimento estão dispostos a renunciar a 11% de seu salário por isso. Novamente, isso é ainda mais válido para as gerações mais jovens, que compõem uma proporção crescente da força de trabalho global.

% de redução salarial que os trabalhadores do conhecimento estão dispostos a aceitar para…

Quais são os fatores que podem levar a uma relação sadia com o trabalho?

Para confrontar esse cenário de baixo índice de saúde no trabalho, a HP analisou mais de 50 aspectos do relacionamento da sociedade com o trabalho e identificou seis fatores que levarão a relações sadias com o trabalho:

Realização: propósito, sentido e empoderamento no trabalho;

Liderança: empatia e conexão emocional de quem está no comando;

Centralidade das pessoas: decisões tomadas pensando nas pessoas;

Habilidades: aumento da autoconfiança a partir do entusiasmo que os empregados têm em aprender novas habilidades;

Ferramentas: as tecnologias certas para promover o engajamento dos empregados;

Espaço de trabalho: flexibilidade e confiança em onde os empregados trabalham, viabilizadas por transições fáceis.

Na média global, 79% afirmam que seu empregador e sua liderança sênior têm um papel a desempenhar para mudar as relações para melhor e 73% reconhecem seu próprio papel na efetivação dessa mudança.

“Há uma enorme oportunidade para fortalecer a relação com o trabalho de maneiras que sejam boas para as pessoas e para os negócios”, afirma Enrique Lores, presidente e CEO da HP Inc.

“Como líderes, devemos sempre rejeitar a falsa escolha entre produtividade e felicidade. As empresas mais bem-sucedidas são construídas com culturas que permitem aos funcionários se destacarem em suas carreiras e, ao mesmo tempo, prosperarem fora do trabalho”, completa Lores.

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