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Usando o LinkedIn a seu favor (sem mimimi)

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Baguete
09 de março de 2016 - 18:02

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Por: Renato Galisteu

Na última semana, comentei que tenho visto bastante uma imagem que diz “LinkedIn não é Facebook” sendo compartilhada à exaustão no LinkedIn. O que me incomoda mais não é a mensagem em si, mas sim os comentários que se seguem nestas publicações, normalmente de pessoas inconformadas e cheias de reclamações.

O primeiro toque que vou dar para você, caro inconformado, é que você pode simplesmente esconder coisas que te incomodam (como no Facebook). Mas como normalmente as pessoas que reclamam gostam de caçar sobre o que reclamar, acredito que essa não seja a melhor dica.

O lance é que as pessoas, de forma geral, ainda não sabem como usar o Facebook (opa, LinkedIn) a seu favor. Tendo em mente que ainda estamos num período de experimentação sobre os melhores métodos de utilizar a rede, vou compartilhar com vocês alguns pontos que acredito que farão diferença em sua rede (e na sua postura) nesta mídia social que começa a ser amplamente amada no Brasil:

Dê seu ponto de vista em seus compartilhamentos:

Compartilhar uma notícia apenas para fazer um movimento não é uma estratégia inteligente. Muito menos compartilhar incessantemente notícias o tempo. Seja mais assertivo e dê a sua visão e opinião sobre uma notícia, artigo, coluna ou seja lá o que você compartilhar. A visão e boa argumentação são chaves para um bom profissional, e estimular a discussão é uma das funções do LinkedIn.

Notei que muitas pessoas que compartilham opiniões normalmente não contam com domínio do português (e costumeiramente usam reticências no lugar das vírgulas e pontos finais). Pratique seu português para ter argumentações claras, para expor uma opinião objetiva e lúcida. Diz um amigo meu que o profissional brasileiro, cada dia mais, se preocupa em aprender inglês e esquece que fala – ou deveria falar – português.

Mensagens de valor são mais impactantes que o volume.

Conheça o perfil geral de suas conexões:

O melhor horário para eu compartilhar conteúdo no LinkedIn é entre às 9h e 11h, e entre às 15h e 18h. São momentos de pico de acesso. Isso não significa que os outros horários são inúteis. Apenas me ajuda a entender quando ter mais impacto em um compartilhamento.

Para entender qual é o melhor horário para você compartilhar conteúdo por aqui, use ferramentas como o Hootsuite ou use as ferramentas de análises do próprio LinkedIn. Logo na sua página inicial, na home, você pode encontrar à direita o campo “Quem viu suas atualizações”. É uma forma de saber como seus compartilhamentos têm penetração, quais horários eles são mais curtidos etc.

O bom e velho português é válido:

O LinkedIn é um ambiente único para avaliar profissionais e a percepção de negócios de muitas pessoas. Recentemente avaliei 20 perfis de executivos na rede e descobri uma coisa incrível: as pessoas preferem curtir a notícia escrita em inglês e não a escrita em português (mesmo sendo a mesma informação). É como se em inglês ela tivesse mais peso e valor, como se mostrasse mais profissionalismo, maior conhecimento.

Preciso dizer que está errado? De forma geral, o brasileiro adora bancar o underdog, gosta de ofender os hábitos nacionais, ridicularizando certas atitudes. Mude sua visão sobre o assunto, invista mais nessa nossa língua materna tão complexa e repleta de palavras que significam exatamente a mesma coisa que em inglês. Dá uma lida num texto “massa” sobre excesso de anglicismo no diálogo entre brasileiros.

Tenha seu perfil em duas línguas (ou mais) e dê sentido aos seus compartilhamentos, ao seu posicionamento aqui no LinkedIn. O meu, por exemplo, está em inglês por uma requisição de trabalho que aconteceu no passado. Isso ajudou a me posicionar para algumas entrevistas com executivos gringos na minha época de redação. Resolvi manter até então, mas fiz o perfil em português com a mesma quantidade de informações.

“O LinkedIn é apenas profissional”:

Parabéns pela constatação, mas a minha dúvida é: em uma época onde uma marca não é o que ela diz ser, mas sim o que as pessoas dizem dela; onde é necessário tratar o cliente como único; onde temos que ser mais pessoais e humanos no trato; e que entendemos que a relação entre CNPJs é feita por CPFs, você consegue me definir, com exatidão, o que é “apenas profissional”?

Entre minhas conexões nos EUA, é muito comum o compartilhamento de algumas conquistas familiares. Um executivo tinha quase seis mil curtidas em uma foto que postou super orgulhoso da filha ser aceita em Harvard.

Nesta foto, ele compartilhou também um pouco do que acredita sobre o mundo universitário. Outro, lá do Vale do Silício, postou uma foto sobre seu trabalho no Google (ao fundo, via-se um pessoal jogando pebolim (totó, no Rio de Janeiro, como sempre lembra minha mulher). Ele aproveitou para escrever sobre o que acredita que significa produtividade e profissionalismo, e a foto gerou bastante conversa.

Com isso, repense o que exatamente significa profissional para você. Certamente terno e gravata não fazem mais sentido como há 20 anos, e conceitos da década de 30 precisam ser repensados.

Uma rede de aparências e exibicionismo:

O LinkedIn está com um problema de identidade. As pessoas não a utilizam para gerar discussões ricas, mas sim para conquistar curtidas. Elas não comentam em um texto para agregar mais conhecimento, mas sim para dar aquela “puxada de saco”, pois o texto é do chefe ou se um líder de alguma empresa do mercado. Em uma análise rasa na minha rede, vejo isso acontecendo mais entre usuários do Brasil, mas também vejo entre os gringos.

Como você pode fazer a diferença? Sendo diferente. Se você é dos que acreditam que o LinkedIn não é o Facebook, então gere discussões de valor, atice o conhecimento entre suas conexões, participe de grupos (e interaja neles). Não seja apenas mais um profissional de aparência na rede.

Adicionando com estilo:

Quando eu vou adicionar uma pessoa, eu sempre deixo uma mensagem personalizada. Se conheci o profissional num almoço, agradeço o almoço. Se foi numa entrevista, agradeço a entrevista. Quando não conheço a pessoa pessoalmente, mas interagi algumas vezes por telefone, eu adiciono fazendo uma piada, algo como (vamos levar a um próximo nível nossa amizade virtual?).

Após adicionar alguém, aparece aquela página de várias pessoas que talvez você conheça e, para acelerar a conexão, basta clicar num botão que a mágica acontece. Sim, isso quebra um galho para aumentar a sua rede, mas se der, após essa pessoa aceitar o convite, mande um oi. Não é obrigatório, mas é um diferencial.

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