Na coluna desta semana, o professor Diogo Arrais explica como utilizar o ponto e vírgula em uma sentença, além de mostrar o quanto a pontuação pode fazer a diferença em um texto

“Liderança responsável sempre me inspirou; busco ter ouvidos atentos para compreender a equipe; busco saber que o ser humano tem sentimentos; busco importar-me com o outro para vencer sempre.”

No parágrafo acima, a sintaxe (ordem dos termos) foi muito bem estruturada para destacar-se a “liderança responsável”. Com o uso de ponto e vírgula, todos os outros valores citados (compreensão, sentimento, audição) ligam-se ao líder responsável.

Por causa dessa clareza e boa pontuação, a mensagem repassa o comprometimento do profissional, do executivo.

Em uma função mais simples, é possível que o ponto e vírgula separe itens de uma lei, de um decreto, de uma petição:

Art. 127 – São penalidades disciplinares (Direito Administrativo):

I. advertência;

II. suspensão;

III. demissão;

IV. cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

Quando orações participam de uma mesma ideia e representam enumeração, o ponto e vírgula é capaz de deixar a redação mais clara e concisa (breve). Vejamos um outro exemplo:

Após nossa reunião, registramos um aumento de X% na produção; registramos vendas superiores em março; além disso, não houve nenhum acidente de trabalho no citado mês.

Talvez o caro leitor questionaria sobre a possibilidade de uso do ponto-final (ou simplesmente ponto) acima. Sim, é possível, mas a ideia para uma redação distinta (e chamativa!) é fazer o uso de outras ferramentas redacionais.

É com uma organização criativa e elegante que a atenção dada a um texto pode ser maior.

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