Meios eletrônicos de pagamento ajudam a formalizar a economia, aumentam as vendas do comércio e, com isso, geram maior arrecadação de impostos

Estudo inédito encomendado pela Visa do Brasil à Tendências Consultoria Integrada mostra que os cartões contribuem significativamente para o aquecimento da economia e para a formalização da atividade comercial, gerando maior arrecadação de impostos. Segundo o levantamento, se 35% das vendas do comércio fossem pagas com cartões, a arrecadação de ICMS e PIS/Cofins aumentaria quase 14%, o que representa um incremento de R$ 5,2 bilhões na economia.

A amplitude desses resultados é proporcional ao crescimento do uso dos cartões, que em 2010 representavam em torno de 27%¹ do valor total de bens e serviços comercializados no Brasil – em 2004, a participação era de 16,5%¹, o que significa uma expansão de 64%¹.

“A substituição de dinheiro em espécie e cheques para os meios eletrônicos de pagamento traz benefícios imediatos para consumidores, comércios, governos e a economia em geral”, afirma Rubén Osta, diretor-geral da Visa do Brasil. “Além dos impactos econômicos, as formas de pagamento em papel, como o dinheiro e o cheque, custam até três vezes mais que cartões²”, explica o executivo.

Estima-se que a migração completa para meios eletrônicos de pagamento tem o potencial de gerar economia de cerca de 1%3 do PIB. No Brasil, essa migração contribuiu com US$ 65 bilhões³ para a economia entre os anos de 2003 e 2008.

O estudo revelou que os cartões exercem uma influência positiva no faturamento da atividade comercial, ou seja, o resultado das vendas do comércio é maior à medida que aumenta também o uso de cartão como forma de quitação de débitos. Isso ocorre porque a adoção de meios eletrônicos de pagamento faz com que as transações fluam mais facilmente, criando eficiências no mercado. “Com isso, é possível dizer que o aumento de 10% na participação dos cartões no comércio elevaria o valor total das vendas em 2,8%. Com base nos dados de 2010, esse incremento representa mais de R$ 57 bilhões em novas vendas do comércio”, destaca Rubén.

O uso dos meios eletrônicos gera ainda estímulos à formalização do comércio, já que apenas estabelecimentos registrados podem se credenciar para aceitar cartões como meio de pagamento. A informalidade traz efeitos negativos à economia de um país, diminuindo a velocidade do seu crescimento e prejudicando a sociedade. O eventual crescimento na participação dos cartões no comércio brasileiro produziria um cenário de maior arrecadação de impostos devido ao aquecimento da economia que o uso do cartão proporciona, considerando tanto a redução da evasão fiscal quanto o aumento das vendas do comércio.

O estudo também apontou que os benefícios para os portadores de cartão se diferenciam por particularidades como formalização da economia e inclusão financeira das famílias. Para os lojistas, transações seguras e documentadas, redução da inadimplência, aumento do volume de transações e faturamento estão entre as vantagens assinaladas pelo levantamento.

Nos últimos anos, o uso dos meios eletrônicos tem facilitado a vida dos brasileiros, principalmente por conta de benefícios como a conveniência e a segurança. “O cartão de crédito permite que o consumidor pague suas despesas uma única vez ao mês sem juros, caso o pagamento seja feito no dia do vencimento da fatura, além de dispensar a necessidade de portar dinheiro em espécie”, explica Rubén.

¹ Tais valores foram calculados a partir de dados da Abecs e de pesquisas do IBGE (PAC, PAS, PMC e PME)

² Banco Central “Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo no Brasil”, 2005

³ Estudo realizado pela Moody’s Economy.com, encomendado pela Visa, 2010

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