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06 de abril de 2016 - 18:08 - atualizado às 21:11

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Órgão colocou condições para que falhas no serviço prestado pelo banco brasileiro não contagiem estrutura (e clientes) do britânico

Por: Rodrigo Capelo

Se você é cliente do HSBC e teme pela qualidade do serviço que receberá do Bradesco depois que seu banco for comprado pelo concorrente, saiba que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem a mesma preocupação. A superintendência do órgão recomendou a aprovação da compra por US$ 5,2 bilhões, mas pôs condições para se certificar de que clientes do banco britânico não herdem os problemas enfrentados pelos do banco brasileiro.

O Cade concluiu que a concentração do setor não é o maior dos problemas. O Bradesco, com 11,4% dos depósitos em 2014, mais 3,1% do HSBC, chegaria a 14,5% de todo o dinheiro detido por instituições financeiras brasileiras. Continuaria abaixo de Banco do Brasil (25,3%), Caixa (22,6%) e Itaú (16,7%) e acima do Santander (7,7%). O setor tem se consolidado em torno de menos nomes na última década, mas, neste caso, esta não é a maior preocupação.

O Bradesco tem o segundo maior número de reclamações de consumidores consideradas procedentes pelo Banco Central, segundo dados contidos no parecer do Cade, embora seja apenas o quarto maior banco do país. É o banco que mais cobra tarifas irregulares por serviços não contratados e que mais presta serviços de maneira irregular em contas-salário, de acordo com a ouvidoria do BC, além de ser o segundo pior em quatro outras “categorias” de reclamação.

O Cade pôs, como condições, medidas que o Bradesco terá de tomar em quatro grupos: comunicação e transparência, treinamentos, indicadores de qualidade e compliance. O objetivo é aliviar as falhas de serviço que futuros ex-clientes do HSBC herdarão do Bradesco, um banco que patina no atendimento a clientes com mais dinheiro.

“Claramente o Cade colocou ressalvas pelo nível de qualidade do atendimento. O HSBC tinha um serviço premium que o Bradesco não tem”, argumenta Pedro Paulo Affonso, da Gradual Corretora. O economista aposta que a expertise do HSBC em nichos mais endinheirados combinada à capilaridade do Bradesco vá ser benéfica ao mercado. “Quando se fala de alta renda, o Itaú nada de braçada com o Personnalité. A concorrência neste nicho será bem-vinda.”

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