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17 de fevereiro de 2014 - 18:05

Produto-da-serasa-vai-coletar-dados-de-redes-sociais-para-analises-televendas-cobranca

Um dos maiores bureaus de crédito da América Latina, a Serasa Experien, oferece plataforma que casa dados de crédito com outros não estruturados para ajudar empresas a tomarem decisões sobre concessões de empréstimo. Uma das ferramentas oferecidas pela plataforma PowerCurve Originação é o recolhimento de informações dos potenciais recebedores de crédito também por meio de redes sociais e webpages. Dados pessoais compartilhados diariamente na internet já são utilizados por empresas no direcionamento de ofertas de serviços. A plataforma dá essa opção de pesquisa para as empresas que ainda não têm uma base de dados. A ferramenta suscita dúvidas entre os economistas, no que diz respeito a questões éticas e até de eficácia das análises.

A concessão de crédito no Brasil, que hoje corresponde a 55% do PIB, sendo 25% para pessoas físicas, é um mercado em crescimento. Em comparação com países como Estados Unidos, a quantidade de crédito concedida pelo Brasil está bem abaixo da média. A PowerCurve é colocada pela Serasa Experian como uma opção para ajudar as empresas brasileiras a explorarem esse segmento, conciliando essa concessão com controle de riscos e fazendo uma análise mais detalhada do cliente, para prever possíveis fraudes.

Durante o evento de lançamento da plataforma, Marc Gaudart, consultor internacional da Experien, falou desse desafio. “A maior diferença do Brasil, em relação às grandes economias, é o não compartilhamento de dados de fraude”, destaca. A utilização de fontes variadas de informação para ajudar o empresário a avaliar os riscos de uma concessão de crédito aparece como ponto crucial para ajudar o País a desenvolver esse segmento da economia.

Para o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, essa nova forma de captar informações gera algumas dúvidas. “Uma coisa é a Serasa pegar essa informação, utilizá-la para ela e guardar. Se ela vender, envolve uma questão ética”, destaca. O economista também chama a atenção para a confiabilidade das informações coletadas. “Eu posso colocar que tenho cinco carros, não ter nada disso e ainda assim a informação ser usada contra mim. Ou então, se eu sei que a Serasa vai usar as redes sociais, posso colocar informações não necessariamente verdadeiras, que melhorem minha classificação de risco. Eu tenho dúvidas de a que nível isso vai trazer resultados concretos.”

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