Estudo da Strand Consult, consultoria especializada em marketing, mostra que a operadora que tem o maior número de assinantes como “Fãs” é a Turkcell: 4% da base.

O número de assinantes que uma operadora consegue alcançar por meio do Facebook é muito pequeno, apesar de algumas delas gastarem fortunas para manter e administrar sua presença naquela rede social. Esta é a conclusão de um estudo realizado pela Strand Consult, empresa de marketing especializada o mercado de serviços móveis.

“Nossas conversas com operadoras ao redor do mundo mostram que elas estão correndo atrás de ‘Curti’ nas páginas do Facebook. E mesmo dentro das empresas, áreas distintas de negócio competem entre si para ver quem recebe mais ‘Curti’. O Facebook criou uma nova forma de mensurar ‘o que as pessoas dizem de nós’, como se fosse uma medida, em tempo real, do que é considerado um tema quente, a cada momento”, explica nota publicada no site da Strand. Mas algo mesurável não é, necessariamente, algo que faz sentido, observa a empresa.

De acordo com a Strand Consult, um estudo sobre como as operadoras usam o Facebook não mostrou nenhuma relação definitiva entre quantas pessoas apertam o botão “Curti” e a rentabilidade de uma operação. Principalmente porque um “Curti” não tem um valor em si. “A mais racional das nossas descobertas é que poucos dos ‘Curti’ dados às operadoras acontecem em função de sua base de assinantes. Quase nenhuma operadora que consultamos tem mais de 3% de sua base como ‘fãs’ no Facebook”, diz a nota da empresa.

A Telenor, da Noruega, operadora dominante em seu mercado, tem 3,59%, em um país altamente digitalizado. A Turkcell tem mais que as demais operadoras consultadas, mas não muito mais: 4%. Mas a surpresa, no levantamento da Strand, foram as operadoras americanas: Verizon, AT&T e Sprint, que gastam milhões de dólares em marketing e têm equipes internas e externas trabalhando no Facebook, têm pouco mais de 2% de sua base de assinantes como “Fãs”, ou seja, como pessoas que acompanham seus perfis.

O Facebook mostra os posts de qualquer empresa a apenas 16% da comunidade que segue uma página — faz parte do algoritmo do serviço mostrar os posts apenas a subconjuntos das comunidades. Para que toda uma comunidade enxergue as atualizações do perfil de uma empresa, ela tem que aderir ao serviço “Reach Generator”. Isso significa que apenas 0,32% dos assinantes de uma operadora podem ser impactados por meio do Facebook.

A empresa conclui que sim, as operadoras devem ter presença no Facebook e em outras redes sociais, mas não considerar a plataforma como uma ferramenta de vendas. E, em vez de investir na moda Facebook, usar seus recursos de marketing para explorar possibilidades a partir de seus próprios websites, usando canais como e-mail e newsletters.

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