Por: Roberta Rossetto
Em redes sociais, o que conta é a conversão de internautas em fãs da marca. Quanto mais, melhor. E há marcas brasileiras com mais de 7 milhões de fãs no Facebook e em torno dos 100 mil no Twitter. Mas será que isso basta? Por algum tempo, alguns poucos anos, bastou.
O número reluzente e ascendente era suficiente para justificar as verbas de marketing aplicadas às redes sociais. Mas agora a discussão avançou. Como tudo no mundo, também as redes sociais evoluíram e já não basta saber quantos fãs uma marca é capaz de atrair.
Importa saber o que fazer com eles, de preferência convertê-los em compradores. Estamos embarcando numa segunda onda, na qual não importa mais “fazer barulho”, ganhando visibilidade perante milhares de internautas, e sim fazer negócios.
E, para que isso aconteça, avançam os softwares capazes de rastrear e entender quem são os fãs e porque eles estão ali, o que permitirá traçar estratégias acertivas e vencedoras.
Nesses rastreamentos, é bom que se diga, não há nada antiético sendo feito e nem se invade a privacidade de ninguém, já que o material coletado é aquele publicado espontaneamente e de forma pública pelos internautas.
É bem verdade que muitos usuários de redes sociais não imaginam que podem ser rastreados e ter seu comportamento estudado. Mas podem. Portanto, cabe a cada um prestar mais atenção sobre aquilo que publica.
Voltando ao rastreamento, estamos falando de softwares capazes de detectar quem é o fã, a quem ele está conectado e quais as palavras mais usadas por ele e seus amigos.
Cruzando dados (e computadores servem pra isso mesmo) é possível chegar a grupos de pessoas, separados por interesse, o que permite ao marketing atuar com estratégias específicas para cada um desses grupos. O cruzamento de dados permite, também, chegar aos “hubs sociais”, aquelas pessoas capazes de influenciar muitas outras nas redes sociais.
Para elas vale a pena criar estratégias específicas, transformando-as em agentes divulgadores e de relações públicas das marcas.
Estamos vivendo um momento em que se desbrava um território novo e onde acontecem os primeiros passos na conversão de fãs em negócios. Erros são inerentes a essa fase inicial, ainda de aprendizado, na qual temos mais perguntas do que respostas.
Mas quem está se arriscando e já desbravando o caminho, saiu na frente. Claro que vamos continuar medindo a quantidade de fãs, as interações, o número de likes e de compartilhamentos, as menções e os comentários feitos por esses fãs.
São essas, hoje, as formas possíveis de medir o ROI e ninguém ainda criou métricas melhores. Mas mesmo essas métricas vão sofrer mudanças e se aprimorar com o tempo, porque o valor de um like – feito rapidamente, com um simples click no mouse – não é o mesmo de um comentário, no qual o internauta se deu ao trabalho de parar para analisar e responder a uma questão.
Sabe-se, por exemplo, que uma média de 8,8% de seguidores de uma empresa no Twitter falam dela no próprio Twitter. É pouco. Mas se entendermos o que aquelas pessoas esperam de uma marca, talvez esse número cresça. E se descobrirmos o que essas pessoas querem comprar, com certeza as redes sociais serão um forte gerador de negócios.
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