Postar fotos, contar detalhes da rotina e compartilhar piadas. O que as pessoas realmente buscam nas redes sociais?

Por: Bárbara Comin

É fato que atualmente são poucas as pessoas que conseguem viver sem os tipos básicos de tecnologia. Alguns arriscam tecnologias bem avançadas, mas internet e telefone móvel tornaram-se itens indispensáveis na vida de grande parte da população mundial. A internet veio ganhando mais força durante a última década, começando com pesquisas em sites de busca e tomando maiores proporções com o tempo. Nos últimos anos, o uso da internet a procura das redes sociais cresceu de forma significativa. Inúmeros sites desta categoria buscaram espaço entre os internautas, e a oferta foi grande. Alguns fizeram muito sucesso e atualmente já não são acessados, sendo que poucos permanecem “na moda”.

Mas afinal, o que as pessoas realmente buscam com esta vida virtual? Postar fotos, contar detalhes da rotina e compartilhar piadas, aonde isso chegará? Na tentativa de se descobrir se trata-se de lazer e/ou necessidade, é preciso considerar também que até mesmo as empresas adotaram esta ferramenta com sites de relacionamento empresarial, onde é mantido contato com pessoas apenas do meio profissional de cada um. Além disso, esta modalidade de site acaba se tornando um estratégico meio de publicidade para muitos segmentos, considerando o número de usuários que entram e saem a todo momento.

Sem contar os setores pessoais que conseguem encontrar, sem muitas dificuldades, o perfil de muitos de seus entrevistados nas fases de recrutamento e seleção, e aqueles que não tomam certo cuidado com aquilo que publicam, acabam prejudicados na concorrência por uma vaga. Os riscos vão mais além, quem passa o dia nas redes sociais atrás de informações de outras pessoas não são apenas os fofoqueiros de plantão, há publicações alertando as pessoas, pois ladrões e golpistas também já são adeptos deste método de pesquisa.

Quando questionados em conversas informais, muitos dizem que buscam apenas manterem contato com familiares e amigos distantes; outros dizem que querem fazer novas amizades; alguns ainda arriscam dizer que procuram, sim, e por que não, um amor verdadeiro que possa sair do mundo virtual e ir para o mundo real, o mundo do pessoal, do toque.

Mas com todo esse avanço como ficarão as visitas as casas de familiares do sábado a noite? Não é necessário ir muito longe, isto é, não é interessante falar da época dos carros de boi ou de quando a televisão ainda não estava em todas as casas. Pensando em um tempo um pouco mais atual, os pais não levarão mais os filhos para visitarem os tios? As ligações telefônicas e os recados se tornarão mensagens? Os encontros dos amigos do colégio serão feitos a partir da criação de um grupo em um determinado site? E as paqueras no parque, na praça e na igreja, as cantadas na balada serão também virtuais?

O ser humano está abrindo portas para um desenvolvimento importantíssimo para a sociedade. Todo o avanço que é notado a curto e/ou longo prazo tem certamente incontáveis vantagens para o mundo, mas é necessário saber a dosagem certa de cada ferramenta que é disponibilizada e ter o discernimento de que ainda existem seres humanos, e não apenas internautas no mundo.

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