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23 de fevereiro de 2016 - 18:09

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‘Consideramos que a entrega tenha sido feita’, diz presidente.

Clientes têm de ir à agências buscar encomendas e cartas.

A violência urbana está afetando as entregas dos Correios no Rio e na Região Metropolitana. A empresa alega que só em janeiro ocorreram pelo menos 11 assaltos por dia a funcionários. As informações são do Bom Dia Rio.

Nas agências, as filas são gigantescas para que os clientes busquem o que deveria chegar na porta de casa. “Vim buscar uma carta do INSS, que eu liguei, mas ninguém atendia o telefone, aí eu vim aqui. Minhas contas poder pagar, conta de luz, conta de água, telefone. Nunca que chega”, disse Paulo Roberto Souza Barros, operador de máquinas industriais.

Em uma rua de Nilópolis, na Baixada Fluminense, perto do centro da cidade, houve morador reclamando que os Correios pararam de entregar encomendas porque seria uma área de risco. Uma das reclamações veio de José Carlos Nunes de Barros, aposentado.

“Eles não explicam pra você. Fala que tem que ser lá por causa do problema do… Entre Nilópolis e Nova Iguaçu há muitos assaltos. Bota uma segurança em cima do pessoal para levar”, sugeriu ele.

Em um centro de distribuição em Bangu, na Zona Oeste, as pessoas dão os nomes em uma fila para que um funcionário dos correios faça o rastreamento e depois venha entregar as correspondências em outro local. Em outra fila, a espera é de que comprou produtos pela internet e agora veio retirar a mercadoria.

“A minha área lá é área de risco, tá? Mas eles entregam outros produtos, entregam cartas, essas coisas, e não conseguem entregar o produto mesmo, eles não conseguem. E eu pago o frete pra eles entregarem na minha casa”, afirma o técnico de informática Enes Seabra. “Eu me sinto lesado. Isso é uma vergonha”.

Escoltas

O presidente dos Correios, Giovani Correa Queiroz, diz que as áreas com restrição de entrega são definidas por avaliações da polícia, e que já há licitação pra contratar escoltas armadas.

“Eu acredito que já agora no mês de março nós já estejamos chegando em várias áreas onde hoje não podemos adentrar”, afirmou. Segundo ele, no entanto, os Correios consideram que as entregas foram feitas, mesmo que as encomendas não tenham chegado aos destinatários.

“Não chegamos ao destinatário, é o que nosso desejo seria fazê-lo, né, como sempre fez, levar a mão estendida com o objeto ou com a carta até a residência do cidadão. Os Correios se propõem a isso sempre. Então nós entendemos que o serviço foi prestado. Apenas não podemos chegar ao destinatário não por, por, por vontade própria, mas por imposição legal, até, perfeito? E daí nós não temos porque ressarcir”, defende-se.

“Vou demorar de 40 minutos a duas horas, e ainda vou ter que carregar peso, né? E arriscando também a minha vida, porque se uma coisa é paga, é pra gente não se arriscar, receber em casa. Vai ter que receber lá. Quer dizer que é risco pra eles? Pra mim não é risco?”, lembrou o aposentado José Carlos Nunes.

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