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22 de novembro de 2012 - 18:04

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Brasil vai regular modalidade cujo volume global deve subir de US$ 171,5 bi para US$ 617 bi em 2016

Por: Sérgio Matsuura e Gabriela Valente

Entrar em uma loja, escolher os produtos e, na hora de pagar, colocar a mão no bolso e sacar o celular. A cena deve se tornar corriqueira em breve no Brasil. Apesar de disponível, a tecnologia de pagamento móvel — que usa o telefone em vez do cartão de plástico — ainda é pouco difundida no país e, para mudar esse quadro e dar ao consumidor mais um meio de pagamento, o governo trabalha na elaboração de uma lei que regule o serviço. De acordo com a Gartner Consultoria, o volume mundial dessa modalidade de transação deve aumentar de US$ 171,5 bilhões este ano para US$ 617 bilhões em 2016.

— Com as normas de uso, o país deve viver um boom nas aplicações e no número de lojistas aderindo ao sistema em 2013 — prevê Frank Meylan, sócio-líder da prática de Management Consulting da KPMG.

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Na prática, o celular vira uma “carteira eletrônica para guardar dinheiro”. Da mesma forma que abastece aparelhos pré-pagos, o cidadão poderá encher sua carteira eletrônica e usar os recursos para pagar contas e serviços como o taxista, o jardineiro, a manicure e até o ambulante da praia. Pequenos prestadores de serviços não precisarão manter uma máquina de cartão de crédito para receber pagamentos eletrônicos.

Em países em desenvolvimento, o celular vem sendo usado para integrar a população sem acesso ao sistema bancário, oferecendo uma forma de guardar dinheiro e efetuar transações. Nos países ricos, a tecnologia é usada para dar mais comodidade aos consumidores. No Brasil, com 259 milhões de linhas ativas espalhadas por todas as camadas sociais, o uso deve ser híbrido.

No primeiro modelo, qualquer aparelho que possa mandar mensagem e receber crédito está apto para fazer pagamentos. O dinheiro é carregado como nos pré-pagos, e a autorização da compra é via SMS. Também é possível transferir valores entre celulares. No segundo, o telefone precisa ser mais moderno, com acesso à internet ou chip NFC (Near Field Communication).

— Temos que analisar os diferentes públicos existentes e adequar as soluções. Não se deve pensar em uma solução única para todas as necessidades — diz Meylan.

Falta de hábito e de infraestrutura dificultam

Além da abrangência e praticidade, o pagamento móvel tem outras vantagens em relação ao cartão de plástico. Para lojistas, as taxas de administração são menores e o extrato de recebimento tem informações mais precisas sobre os clientes. Para consumidores, a segurança é a principal delas.

— Hoje, você tem que entregar o cartão para o lojista. Com o celular, não. Vai acabar com o risco de clonagem — diz João Moretti, diretor da MobilePeople.

Apesar das facilidades, há barreiras para a adoção da tecnologia no país. O presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, Mauricio Salvador, aponta a falta de hábito dos consumidores e a infraestrutura deficiente. Segundo ele, a pouca oferta de aparelhos com NFC e a baixa velocidade de acesso à internet prejudicam o segmento:

— O brasileiro está acostumado a comprar aplicativos em smartphones, mas compras maiores, não. E com a velocidade da internet, é mais rápido pagar com cartão.

De acordo com Salvador, à medida que os consumidores aderirem ao sistema, o número de lojistas no sistema tende a aumentar.

— Em outros países você já pode usar o celular para quase tudo. Mercados, farmácias, shows, até compras em máquinas.

No ano passado, a Google lançou o Google Wallet, para smartphones Android com chip NFC. O software funciona tanto com cartões de crédito como com cartões pré-pagos. Nos EUA, existe parceria com as bandeiras Visa, MasterCard e Discover e o pagamento é aceito em cerca de 200 mil lojas. Outro serviço de destaque é o Square, que transforma o smartphone em uma máquina de cartões. Por ano, a companhia realiza US$ 8 bilhões em transações. No Quênia, em 2007 foi criada a M-Pesa, que permite pagamentos e transferências pelo telefone. O serviço é utilizado por mais da metade da população adulta do país.

A expectativa do governo brasileiro é que o novo sistema incentive transações eletrônicas e diminua o uso de dinheiro vivo no país.

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