Sem estímulo, profissionais não hesitam em deixar cargos para buscar novos desafios e satisfação

Foi-se o tempo em que as empresas podiam agir como se estivessem fazendo um favor aos funcionários por mantê-los contratados. Hoje, colaboradores capacitados para os cargos que ocupam não estão dispostos a sujeitar-se à insatisfação de fazer algo que não gostam ou a chefes ranzinzas. Cada vez mais, profissionais de diferentes áreas estão tomando a dianteira de suas trajetórias no mercado. Isso inclui não ter medo de deixar aquela posição confortável em uma companhia bacana, seja motivado pela busca de realização pessoal ou por desgosto no local de trabalho. E o bom gestor sabe que uma baixa na equipe – ainda mais se for de uma pessoa competente – tem um custo bem mais alto do que só os encargos do desligamento. Um novo funcionário precisa integrar-se à equipe, receber capacitação, entender a rotina da firma e vestir a camisa. Enquanto isso não ocorre, a rendimento não será o desejado. É um processo que exige tempo e não tem garantia de sucesso.

Por isso, se faz necessário entender que também é função do contratante manter seu quadro funcional motivado, evitando novas demissões. Mas, como agir para que não precisem ser feitas substituições no time?

– Sem exagero no volume de trabalho

Para começar, não exagere na distribuição de afazeres. Se alguém estiver assoberbado de tarefas, provavelmente, não terá tempo para pensar em como ampliar os negócios. Excesso de trabalho sobrecarrega qualquer profissional, gerando desgaste físico e emocional, e ficando no caminho de um desempenho satisfatório. A situação piora se o que aumenta é apenas o trabalho, sem um incremento salarial condizente. Logo, tenha cuidado para não exigir demais sem recompensar.

– Evite muito cacique para pouco índio

Expressão recorrente – ao menos no Rio Grande do Sul –, “muito cacique para pouco índio” exprime a ideia de que há gente demais mandando em um pequeno grupo. Ou seja: mais supostos chefes do que subordinados, situação bem comum em algumas empresas, independentemente do tamanho. É preciso estruturar a hierarquia para que se possa exigir o melhor de cada profissional envolvido nos processos de uma empresa. Uma organização que centraliza o poder, que exige muito e que não valoriza a opinião dos trabalhadores, tende a não ser um bom local para se trabalhar.

– Reconheça quando algo é bem feito

Outro pecado mortal entre gestores é não dar os devidos créditos para seus funcionários competentes. Um elogio (preferencialmente em público), um e-mail de agradecimento ou olho no olho dizendo que a tarefa foi bem executada ajudam a manter uma equipe estimulada. Melhor ainda se for possível também algum tipo de gratificação financeira, mimo ou promoção.

– Defina objetivos fáceis de identificar

Enxergar o horizonte ajuda a manter o foco onde se quer chegar. Da mesma forma, uma empresa com objetivos bem traçados facilita o engajamento da equipe. Ter aspirações plausíveis e compartilhar esses anseios com os colaboradores faz com que fique mais acessível “vestir a camiseta”. É complicado envolver-se em algo que está claro.

– Aposte no caminho da satisfação

Se um colaborador não consegue visualizar caminhos para evoluir profissionalmente dentro de uma empresa, ele vai buscar vias alternativas para conquistar seu espaço. Nem que isso signifique a demissão. É por essa razão que um plano de carreira, o estímulo constante e o reconhecimento ajudam a manter um grupo coeso e unido. Do contrário, um profissional que se preze vai buscar novos desafios e recompensas em outro emprego. Lembre-se: um colaborador satisfeito costuma ser mais engajado e produtivo do que um trabalhador infeliz, que realiza suas funções no automático.

CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais.