Por: José Ricardo Noronha
Há algum tempo assisti à Palestra do Presidente de um dos maiores sites de compras coletivas. Em um determinado momento da Palestra / Debate, ele foi questionado sobre como os vendedores da empresa abordavam novos clientes em busca da criação de novas e interessantes ofertas para os milhões de brasileiros ávidos por consumir produtos e serviços de boa qualidade com um baixo custo. O que me intrigou foi a resposta dele: “Em nossa empresa, não temos vendedores. Temos consultores de vendas!”.
Embora já não me surpreenda tanto quando ouço absurdos assim, ainda fico realmente zangado e frustrado quando vejo o quanto nós profissionais de vendas somos marginalizados e estigmatizados como profissionais com baixíssima qualificação e que desfrutam de pouca ou quase nenhuma credibilidade no mercado.
Esta percepção equivocada acerca das nossas habilidades e da nossa expertise no trato com o mercado e com os clientes gerou uma busca frenética por novas expressões que pudessem maquiar a tão nobre carreira de Vendedor com V maiúsculo. Quantas vezes não nos deparamos com títulos como: Consultor de Vendas, Executivo de Contas, Gerente de Contas Estratégicas e Especialista de Vendas entre outras tantas denominações que foram criadas única e exclusivamente com o intuito de mascarar a nossa real função, a de Vendedores?
Devo reconhecer que ainda existe um “gap” muito significativo entre as necessidades das empresas em contarem com bons vendedores em suas forças de vendas e as habilidades e capacidades existentes e perceptíveis na grande maioria dos vendedores. Este “gap” se deve a inúmeros fatores, dentre eles, a não existência de cursos superiores que formem vendedores. Preparamos nossos filhos para serem advogados, médicos, administradores, psicólogos, dentistas, veterinários, contadores, jornalistas e assim por diante. Eu mesmo ainda não vi nenhum pai e nenhuma mãe que sonhem que o filho vire vendedor.
No entanto, somos milhões e o mercado não pode prescindir da nossa competência, das nossas habilidades e da nossa grande importância como geradores de riqueza, solucionadores de problemas e realizadores de sonhos de pessoas, empresas e da sociedade. E é aqui que está a nobreza em tudo o que nós vendedores fazemos. Produtos, serviços, ideias e conhecimentos podem ser verdadeiramente magníficos e brilhantes, mas sem a competência de vendedores bem capacitados e acima de tudo, orgulhosos por cumprir uma missão social tão bacana nada é possível.
Costumo dizer que um dos maiores desafios das empresas no Século XXI é traduzir estratégias brilhantes e muitas vezes complexas em uma execução magnífica e que entregue resultados sempre superiores. E a boa execução só se dá quando os vendedores são bem remunerados, constantemente treinados e quando usufruem do reconhecimento legítimo e genuíno da alta gestão como profissionais de fundamental importância na realização de todas as metas e objetivos estratégicos das empresas.
Aliás, como Vendedores Vencedores e de grande sucesso que desejamos ser, não podemos nunca adotar uma postura reativa de esperar que as empresas que trabalhamos ou que representamos sejam 100% responsáveis pela nossa capacitação. No mundo de vendas cada vez mais complexas e de clientes cada vez mais exigentes, precisamos investir em nós mesmos o tempo todo. Cursos, palestras, livros, jornais, revistas, vídeos e bons artigos são uma excelente dica para dar início a uma jornada fascinante em busca de mais conhecimento.
Como o grande sonhador que sou advogo diariamente para que o mercado e toda a sociedade reconheçam e valorizem a nossa nobre função de Vendedores.
Muito prazer, eu sou o José Ricardo Noronha e sou Vendedor!!
Ah, e já ia me esquecendo: este site de vendas coletivas fechou as portas no Brasil. Será que isso aconteceu por falta de bons Vendedores?
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Parabéns, essa matéria é tão fascinante quanto o ato de realizar uma boa venda.
Acredito que, entre o gostar de fazer e o aprender a gostar do que faz existem um sentido incomum, pois, o aprender a gostar te leva a uma conquista gradativa, continua e fascinante; assim é a arte do aprender a vender e isso só acontece e é percebido praticando exercendo vivenciando o dia a dia e lidando com as mais variáveis situações do comportamento humano.
Razão da qual não existem faculdades de formar o vendedor, haja visto que essa paixão surge com os diversos namoro do ato chamado “VENDER”.