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09 de janeiro de 2013 - 18:02

Gestao-da-carteira-os-clientes-sao-da-empresa-ou-dos-vendedores-televendas-cobranca

Por Aroldo Maciel

Você é um Gestor Comercial? Então, responda as questões:

Os clientes para os quais a sua empresa vende são da empresa ou dos vendedores?

Quando um vendedor vai para a concorrência, você fica preocupado com a possibilidade de perder clientes que eram atendidos por esse vendedor?

Quando você contrata um vendedor, fornece as informações necessárias para que o mesmo possa fazer um trabalho com qualidade?

Se você pensou muito ou ficou em dúvida para responder qualquer uma das questões acima, fique muito alerta, pois, possivelmente, sua empresa perderá clientes logo ali na frente. A importância de fazermos a Gestão da Carteira de Clientes está diretamente relacionada em você saber responder as questões acima, ou seja, independente do vendedor ser antigo na empresa ou estar iniciando agora as suas atividades, as informações relativas aos clientes dessa região deverão ser de conhecimento, gestão e “propriedade” da empresa.

Quando falamos em Gestão da Carteira de Clientes, muitos já pensam nos investimentos necessários para a compra de software próprio para essa tarefa. Na verdade, quando se quer fazer da Gestão da Carteira de Clientes uma ferramenta para maximizar o resultado, podemos usar até mesmo o Excel ou baixar um CRM disponível na internet. Aqui, vale lembrar aquele ditado que “o ótimo é inimigo do bom”. Apesar das diferenças entre as empresas e, em função disso, as informações necessárias para a Gestão da Carteira de Clientes serem distintas, algumas informações são básicas e de fundamental importância, tais como (informação por cliente):

• Valor médio faturado, margem das vendas – total e por produto, quantidade faturada.

• Mix (determinado cliente compra “todos” os produtos de você ou somente aqueles que você tem preços mais competitivos)?

• Qual a data da primeira venda? Há quanto tempo esse cliente não compra da sua empresa – tempo entre a última compra e a data atual

• Percentual de inadimplência.

• Qual é a sua participação nas compras do cliente – share of pocket? E outras informações que você julgue importante na sua empresa.

Após definir as premissas para a análise da sua carteira de clientes, mesmo com a utilização do Excel, não se esqueça de inserir comandos de alerta, ou seja, se a avaliação é mensal e um cliente deixa de comprar num determinado mês, a sua ferramenta deverá alertá-lo. Importante salientar que, sempre que pensamos em Gestão da Carteira de Clientes, temos que avaliar também como atendemos esses clientes, ou seja, como está distribuída a nossa força de vendas. Sob esse aspecto, temos o seguinte:

• Quantos clientes cada vendedor possui em “sua” carteira – ativos e inativos? Lembrem-se do artigo sobre o “Tamanho do Mercado”, ou seja, será que sabemos exatamente quantos suspect, prospect e clientes temos numa determinada região? – quantos clientes A, B e C cada vendedor possui na sua região?

• Qual é a periodicidade que os vendedores visitam os clientes – importante você estabelecer uma periodicidade diferente para cada tipo de cliente?

• Você sabe exatamente quem compra e quem decide a compra em cada cliente. A empresa e os vendedores conseguiram construir um relacionamento forte com essas pessoas?

• Existe uma sistemática diferenciada para atender os grandes clientes? O Gestor não precisa estar em todos os clientes, mas nos mais importantes – A e B talvez – pois a presença de outros profissionais da empresa transmite um sentimento mais forte para esses clientes. Aqui vale usar a Curva de Pareto – (80 – 20), ou seja, a presença do gestor junto com os vendedores pode ser naqueles 20% dos clientes que representam 80% do faturamento. Só não esqueça que os pequenos de hoje poderão ser os grandes de amanhã.

Agora, transforme os dados disponíveis na sua empresa em informações e zele pela sua carteira de clientes, pois se você não fizer, outros farão. Lembre-se também que informação de qualidade deve estar disponível para todos aqueles que precisam e podem usar a mesma.

Boas vendas!

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Comentários (2)
  1. Levando em conta que os os clientes foram cedidos pela empresa , foi um contrato de trabalho firmado por ambas as partes e nesse intermédio houve a prospecção a abertura de clientes pelo trabalho do vendedor , a empresa dando todos os subsídios para manutenção dessa carteira , concordo plenamente que a carteira seja patrimônio da empresa.
    Agora se houver uma contratação pela empresa de um representante onde a única coisa oferecida é somente a possibilidade de negócios ou seja atende-se aos pedidos do cliente com pedidos , programações , acerta-se um comissão pelo cliente , a carteira e do vendedor.Claro que às vezes o trabalho é tão bem feito que em uma eventual troca de empresa o cliente não venha e acaba ficando pela confiança da empresa que o representante representou , mas o representante tem o direito de levar os clientes para onde lhe proporcionar alguns benefícios a mais .Isso e o patrimônio de um representante de vendas que é conquistado através do garimpo diário nas ruas e estradas desse país.

    Jefferson em 26 de dezembro de 2017 - 03:41
  2. Excelente artigo! Entendo que os clientes são sempre da empresa, mas para que esta afirmação seja 100% verdadeira é preciso que se trate o relacionamento com o cliente muito além de processos e sistemas – é preciso de ações.

    Toda empresa que preza em obter o máximo de sua carteira de cliente deve considerar que este importante ativo é prerrogativa para todos as demais ações internas e externas, Preparar pessoas, áreas e processos de maneira a agir conforme o status do relacionamento: demandar ações específicas em cada área da empresa para que o relacionamento seja mantido no mais alto nível de excelência possível ou cabível conforme o portfólio de produtos/serviços.

    Ter um controle em Excel ou CRM apenas nos informará o que já aconteceu e, no melhor dos casos, poderá auxiliar a evitar reincidência de erros e falhas – o segredo está em orquestrar bem as ações e entregáveis de cada área sem deixar que, por exemplo, um gestor comercial ligue para um cliente sem saber de sua satisfação ou que uma venda seja feita para um cliente inadimplente.

    @edengoncalves

    Eden Gonçalves em 10 de janeiro de 2013 - 11:40

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