Por: Jamie O’Brien

Há anos, as principais plataformas sociais têm tentado descobrir como fazer o social shopping cair nas graças do povo.

Em 2010, a Levi’s lançou sua “Friends Store“, um canal de compras baseado no Facebook que permitia aos compradores fazerem login com a credencial do Facebook e curtirem ou compartilharem os produtos da marca. Cinco anos depois, e a marca de roupas desistiu da ideia de inserir curtidas em suas lojas online, assim como outras marcas que testaram a funcionalidade. Da mesma forma, o Twitter testou várias maneiras para integrar a compra ao microblog. Embora essa tática geralmente dê notícia, eles tiveram dificuldade para saber como convencer as pessoas a comprarem regularmente por meio da plataforma. Uma das maiores barreiras para a socialização da experiência de compra é que muitas pessoas ficam relutantes em misturar as compras com sua atividade no social. Elas veem sites como Facebook e Twitter como ferramentas para se comunicar com amigos e não um ambiente para comprar. Outro obstáculo comum é a hesitação em relação a informar detalhes do cartão de crédito nas redes sociais.

Nos últimos anos, também vimos o surgimento dos sites de compras que têm recursos de social integrados em seu núcleo, muitos podem até mesmo ser considerados redes sociais completamente desenvolvidas. E como esses sites são projetados exclusivamente para compras, eles não sofrem com as barreiras típicas mencionadas acima. Normalmente, “social shopping” tem sido usado para se referir a qualquer experiência de compra na Internet que inclua um elemento do social, como curtir um produto ou comprar algo por meio de um link publicado no Twitter. Mas o último passo na evolução do social shopping é uma experiência verdadeiramente completa: os usuários descobrem, exploram e compram produtos dentro da mesma plataforma social, sem a necessidade de ir para nenhum outro site. Vamos analisar o que cada plataforma social oferece em termos de social shopping.

Social Shopping no Facebook

O Facebook vem testando toda sua configuração de social shopping nos EUA. O teste inicial foi realizado com pequenas e médias empresas, mas o Facebook espera disponibilizar para todas as marcas após os testes.

Funciona assim: os anúncios de produto aparecem nas timelines dos usuários, exatamente como um post normal promovido. As marcas podem exibir anúncios que promovem um único produto ou anúncios que promovem vários produtos em um formato horizontal rolável, como o visto abaixo.

A experiência é semelhante àquela encontrada em uma típica e-store: quando um usuário clica no botão “Comprar”, ele pode ver mais imagens e selecionar opções como tamanho e quantidade.

Depois disso, o usuário insere suas informações de entrega e detalhes de pagamento, que podem ser salvos para a próxima compra no Facebook.

Existe outro recurso do Facebook que promete transformar as vendas no social. Em breve, as marcas poderão exibir produtos no Facebook com o Facebook Shops, que permite aos donos de página do Facebook colocarem uma mini e-store no topo da página. O novo recurso ainda está na fase de teste e, atualmente, é gratuito para um grupo seleto de marcas.

Algumas marcas, como a Netshoes, tem CTAs levando para o site em sua página do Facebook, mas elas são sites externos dentro da aba do Facebook.

Os usuários ainda precisam de uma conta de loja separada, além disso, a transação não é controlada pelo Facebook, ou seja, essas marcas precisam gerenciar a tecnologia de e-commerce.

Social Shopping no Twitter

O Twitter lançou seu primeiro botão “Comprar” e vem testando o social shopping com parceiros selecionados, incluindo a Burberry. O formato de anúncio teste está disponível apenas em iPhone e Android nos EUA.

Como o vídeo demonstra, a experiência de compra completa do Twitter é semelhante a do Facebook. Se um usuário vir um tweet apresentando um produto com o botão “Comprar”, ele poderá clicar nele, especificar seu pedido e, em seguida, confirmar os detalhes de pagamento e entrega com suas informações armazenadas.

Não se sabe se os tweets de produto do Twitter serão limitados a anúncios ou se, depois de o recurso se tornar público, as marcas poderão tuitar produtos para seus seguidores organicamente. Se a plataforma permitir que as marcas usem o formato para conteúdo orgânico, ela poderá cobrar uma porcentagem das vendas para gerar o lucro que as ricas teriam com os anúncios.

As Páginas de Produto do Twitter, lançadas em junho deste ano, dão às marcas a oportunidade de configurar páginas individuais para seus produtos. Essas páginas incluem informações do produto, tweets relevantes, preços e uma opção para comprar na plataforma.

Não está claro quando a compra pelo Twitter estará totalmente disponível para o público, mas apenas na semana passada, eles lançaram o botão Comprar para 100.000 comerciantes do Shopfy, o que significa que um lançamento em grande escala pode estar próximo.

Social Shopping no Instagram

Os botões CTA do Instagram, que foram lançados em março juntamente com os Anúncios em carrossel, indicam como o social shopping poderia funcionar dentro do canal mobile.

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