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30 de maio de 2016 - 18:07

Nao-ha-competicao-no-mercado-de-credito-hoje-diz-banco-do-brasil-televendas-cobranca

Por: Felipe Marques

O Banco do Brasil (BB) vai continuar a aumentar o preço cobrado em operações de crédito nos próximos meses, na medida em que não vê concorrência entre as instituições financeiras que o obrigue a reduzir os “spreads”. Esse diagnóstico foi traçado por Bernardo Rothe, gerente-geral de relações com investidores, a analistas.

“Não há competição no mercado de crédito hoje de uma forma geral. Todos os bancos têm poder de ajuste de preço”, disse. “Ainda temos espaço para reprecificar crédito neste ano”.

O encarecimento das taxas dos empréstimos foi o principal fator a elevar a margem financeira do banco no primeiro trimestre, uma vez que os volumes de novos financiamentos têm caído. A margem bruta do banco cresceu 13,7% na comparação anual, somando R$ 14,8 bilhões. O spread da carteira de crédito foi de 7,5% no trimestre, ante 6,9% um ano antes e 7,4% nos três últimos meses de 2015.

Segundo Rothe, o banco tem um portfólio de crédito com duração média superior ao dos demais bancos, o que faz com que o a reprecificação dos empréstimos do BB ocorra por um período de tempo mais prolongado.

Sem mudança no spread, ele afirma que uma queda na taxa básica de juros (Selic) por si só não vai comprimir a margem do banco. O mercado espera uma redução na taxa básica para o segundo semestre. “Enquanto não houver compressão de spreads por aumento da concorrência, não haverá impacto em margem”. De acordo com Rothe, o perfil de ativos do banco faz com que uma queda na Selic tenha impacto neutro no médio a longo prazo e “levemente positivo” no curto prazo.

Sobre qualidade de crédito do banco, afirmou que as despesas de provisão da instituição cairão “com certeza” nos próximos trimestre. O executivo reforçou o caráter não recorrente das provisões feitas pelo banco para um cliente corporativo grande de óleo e gás no trimestre, que levou as despesas de provisão do BB para próximo de R$ 9 bilhões.

Apesar do forte efeito nas despesas de provisão, Rothe afirmou que esse caso não teve impacto nos índices de inadimplência da instituição no trimestre. A inadimplência subiu para 2,6% em março, ante 2,24% no fim de 2015 e 1,84% uns anos antes, puxada pelas empresas.

“As safras de créditos mais recentes de pessoa física e de micro e pequenas empresas estão tendo um desempenho melhor que o esperado em cenário de recessão”, afirmou.

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