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15 de maio de 2016 - 14:10

Uma-breve-introducao-a-modelagem-de-risco-de-credito-televendas-cobranca

Por: Daniel Baptista Dias

Para um bom gerenciamento de risco de crédito é necessário garantir que uma instituição tenha meios de se prevenir de eventuais perdas ocasionadas da inadimplência dos clientes em débito com a mesma.

Dentre algumas possibilidades, uma maneira de conseguir esta prevenção é fazer uma análise prévia de um cliente na etapa de pré-concessão de crédito, identificando através de uma série de características deste cliente o quanto ele está apto a cumprir suas obrigações financeiras.

Para auxiliar nesta tomada de decisão, uma série de medidas de risco de crédito podem ser modeladas para expressar estas características dos cliente e dar alguns indícios da qualidade de crédito do mesmo. Uma medida comum a ser analisada para um cliente em especial ou para um grupo de clientes em comum (por exemplo, do mesmo setor econômico) é a Probabilidade de Inadimplência (Probability of Default, PD) que indica a chance de um determinado tomador ficar inadimplente em um determinado intervalo de tempo (em geral no horizonte de um ano).

Algumas medidas que podem ser avaliadas para uma operação de concessão de crédito, como Exposição à Inadimplência (Exposure At Default, EAD), que é o valor total que pode ser perdido no momento em que um tomador se torna inadimplente e a Perda Dada a Inadimplência (Loss Given Default, LGD) que indica o quanto do valor exposto de fato pode ser perdido neste evento.

Com as medidas de PD, EAD e LGD em mãos é possível obter a Perda Esperada (Expected Loss, EL) de uma operação de crédito. Ela é calculada da seguinte forma:

EL = EAD * LGD * PD

Exemplo: suponha que um banco tenha emprestado 100 mil reais para uma empresa (tomador). Sabendo que o LGD para este empréstimo é de 60% e a PD associada ao tomador é de 1,25%, a perda esperada para este empréstimo é de 750 reais, como é mostrado abaixo:

EL = 100.000 * 0,6 * 0,0125 = 750

O conhecimento da Perda Esperada das obrigações financeiras de alguns tomadores é imprescindível, pois com ela podemos ter uma idéia do prêmio de risco que será embutido em um empréstimo para cada tomador, onde tomadores mais “seguros” (com menor chance de inadimplência) pagarão um prêmio de risco menor que os tomadores menos “seguros”. Além disto, este conhecimento também pode ser usado para se ter uma idéia inicial do quanto de capital deve ser provisionado para cobrir as possíveis perdas em virtude da inadimplência dos tomadores.

Por fim, em um contexto maior e com uma abordagem mais avançada, ao trabalhar com diversas operações de crédito no portfólio de um banco é possível obter uma distribuição de perdas das operações do portfólio (Figura 1), de onde a Perda Esperada em conjunto com a Perda Inesperada (Unexpected Loss, UL), o Valor em Risco (Value at Risk, VaR) e o Capital Econômico (Economic Capital, EC) são obtidas e utilizadas para analisar o Risco de Crédito do portfólio em diversos detalhes.

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