Pode até parecer estranho, mas incluir a Geração Alpha – crianças que estão nascendo entre os anos de 2010 e este ano – na estratégia de venda da empresa deveria ser a lição de casa de todas as equipes de marketing. Por isso, o texto de hoje é para quem busca mais informações sobre esse “consumidor do futuro” e de quais formas é possível conquistá-lo e satisfazê-lo.

Primeiramente, é necessário falar que o Reclame AQUI tem dedicado parte dos últimos anos para estudar o comportamento social e de consumo. De tudo o que estamos aprendendo, descobrimos que as marcas precisam desenvolver uma conexão com essas novas gerações o quanto antes se quiserem ter sucesso nas próximas décadas. Como fazer isso ainda é um desafio, a gente te ajuda a descobrir o melhor caminho!

Geração Alpha e as tendências dos próximos anos

Antes de tudo, você sabe quem compõe a Geração Alpha? Este termo, criado pelo sociólogo australiano Mark McCrindle, se refere às crianças nascidas a partir do ano de 2010. Como pode-se concluir, este grupo ainda é muito jovem e está se desenvolvendo, mas alguns indícios sobre como eles serão e o que vão buscar em suas relações já se manifestaram na sociedade. Vamos ver?

Algumas características

Esta é a primeira geração totalmente nascida no século XXI e caminha para ser uma das maiores da história, com cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, a Geração Alpha também tende a ser mais diversificada étnica e racialmente e está propensa a ser criada por pais com formação universitária.

Apesar da pouca idade, estas crianças têm contato com o mundo digital desde o seu nascimento e estão inseridas em um cotidiano rodeado pela tecnologia. Em outras palavras, estão acostumadas a achar respostas para qualquer pergunta com uma pesquisa simples e rápida no Google.

A pandemia causada pelo COVID-19 também intensificou esta realidade hiperconectada, fazendo com que muitas delas tivessem de usar meios eletrônicos para se comunicar com a família, brincar com os amigos, estudar, frequentar aulas por vídeo-chamada, ler livros, consumir filmes e séries, entre outros.

Consequentemente, a tendência é que estas crianças sejam mais dependentes tecnologicamente se comparadas com as suas antecessoras, além de ter uma maior habilidade de adaptação às novidades do mundo digital que ainda estão por vir.

Todavia, a gente já desconfiava que a internet virou uma parte indissociável dessa nova geração. Vamos, então, para algumas outras informações importantes sobre os seus padrões de comportamento e de visão de mundo. Os dados são do Globosat, obtidos por meio de conversas com 510 crianças, entre 6 e 9 anos, e seus pais, pertencentes às classes A (20%), B-C (80%):

Mãe (87%) e pai (76%) foram eleitos como os maiores ídolos da Geração Alpha. Para as empresas, isso significa que será necessário conquistar também os pais destas crianças, para que a confiança e o consumo da marca passem de geração a geração;

Sites de marcas (42%) e de compras (40%) também são apontados como fontes de informação e pesquisa para estas crianças. A líder continua sendo a TV por assinatura, com 83%, e YouTube também ganha destaque, com 61%. Dessa forma, é importante continuar se posicionando nos diferentes canais e criar ações de encantamento para estas mídias.

Como esta geração vai lidar com questões sociais?

A tendência é que as crianças de hoje aprendam, desde cedo, a importância de responsabilizar as marcas pela sustentabilidade e justiça social. Por isso, algumas questões continuarão sendo fortemente debatidas nos próximos anos e afetarão a forma como essa nova geração percebe o mundo. São elas: mudanças climáticas e de demografia.

A mudança climática já é considerada uma emergência para os consumidores atuais. Isso significa que a próxima geração também estará engajada nessa questão e dará preferência para consumir serviços e produtos de marcas que deem atenção especial a aspectos sustentáveis.

Já em relação à questão demográfica, há uma preocupação de alguns sistemas sociais em gerenciar populações tão grandes e potencialmente aposentadas. O que podemos prever desde já é que a primeira onda da Geração Alpha entrará no mercado de trabalho no momento em que o mundo terá a maior proporção de pessoas com mais de 60 anos.

É possível já conduzir ações de impacto para a Geração Alpha?

A resposta é sim! De qualquer forma, todos estes cenários apresentados são grandes oportunidades para as empresas contribuírem com a nossa transformação em uma sociedade mais justa para todos e consciente sobre os nossos limites ambientais.

Em conclusão, a Geração Alpha está procurando e vão priorizar marcas dispostas a inventar, interagir e se conectar sempre, com foco em sustentabilidade e que estejam preparadas para gerenciar o maior boom de envelhecimento do mundo.

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