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Banco Votorantim lucra menos e reduz calote

por: Afonso Bazolli
fonte: Valor Econômico
18 de maio de 2015 - 18:06 - atualizado às 23:54

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Por: Daniela Machado e Carolina Mandl

O Banco Votorantim, que tem o Banco do Brasil como sócio, teve um lucro líquido de R$ 122 milhões no primeiro trimestre. O resultado representou uma queda de 20% na comparação com igual período do ano passado, quando a instituição teve um ganho extraordinário de R$ 149,1 milhões com a venda de um portfólio de ações.

Apesar da retração do lucro, a estratégia conservadora gerou melhora da inadimplência no varejo e redução das provisões.

A margem financeira bruta caiu 5,7% na comparação anual, ficando em R$ 1,2 bilhão, enquanto a carteira de crédito ampliada, que inclui os ativos cedidos com retenção de risco, ficou estável em relação a dezembro e recuou 4,9% em 12 meses, a R$ 55,4 bilhões.

No varejo, a inadimplência acima de 90 dias recuou de 6,5% há um ano para 5,3%. A melhora ajudou o banco a cortar despesas com provisões, líquidas de receitas de recuperação de créditos baixados a prejuízo, em 17,3% sobre o fim do ano passado e 41,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2014, a R$ 417 milhões.

Já nas operações de atacado, os calotes tiveram um repique de 4 pontos percentuais em um ano, a 9%. Com isso, o índice geral alcançou 6,5% da carteira, alta de 0,8 ponto percentual no trimestre e de 0,5 ponto em 12 meses. “Desconsiderando um caso específico do atacado, o qual está classificado no nível de risco ‘G’, com 90% de provisionamento desde março de 2014, a inadimplência consolidada teria encerrado março em 5,5%”, ponderou o banco. O Valor apurou que esse caso refere-se a empréstimos feitos para a empresas do grupo X, que já estavam provisionados.

Nos financiamentos de veículos, a originação de crédito caiu 2,9% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 3,3 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, houve retração de 15,4%, explicada por efeitos sazonais e pela demanda menor, segundo o banco.

“Em 2015, o banco tem mantido a postura conservadora na concessão de financiamentos de veículos, praticando prazos mais curtos e solicitando valores de entrada maiores em relação às safras de 2010 e 2011″, acrescentou o Votorantim. No fim de 2010, por exemplo, o prazo médio era de 52 meses e o percentual médio de entrada limitava-se a 26%. Já no primeiro trimestre, o prazo médio estava em 44 meses e o percentual médio de entrada, em 40%.

A carteira de crédito para veículos era de R$ 29,4 bilhões ao fim de março, queda de 1% em 12 meses.

O Votorantim também reduziu as despesas de pessoal e administrativas, em 8,5% e 3,4%, respectivamente, sobre o mesmo trimestre de 2014. Menos gastos com demandas trabalhistas, relacionadas ao processo de reestruturação, ajudaram a conter essa linha do balanço.

Segundo João Roberto Teixeira, presidente do Votorantim, apesar do recuo do lucro no começo deste ano, a previsão é de retomada. “Em 2015, o resultado deve ficar bem melhor do que em 2014.”

Para a inadimplência, o executivo também projeta recuo do indicador até o fim do ano. “Esse índice vai melhorar muito.” A expectativa dele é que muitos créditos em atraso sejam recuperados.

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