Gerenciamento de processo em camadas aumenta nível de segurança

Três quartos dos brasileiros estão preocupados sobre outras pessoas obterem e usarem detalhes de seus cartões de crédito e débito, aponta pesquisa da Unisys, que entrevistou pessoalmente mais de mil pessoas de idades superiores a 18 anos, no Brasil, em português.

Quando se trata de segurança em compras ou bancos online, esse percentual chega a 48%. Bancos e instituições financeiras preocupam 57%. Governo, outros 43%. Em organizações de saúde, o percentual sobe a 71%. Empresas de telecom geram preocupação em 38%. Em companhias aéreas e hotéis, o percentual chega a 21%.

De acordo com Marcelo Neves, especialista em segurança e diretor da unidade de Tecnologia, Consultoria e Soluções de Integração (TCIS) da Unisys Brasil, existe uma grande preocupação com relação a segurança pessoal e financeira. Isso ocorre “não só na aprovação online, mas como as instituições financeiras estão armazenando e transferindo os dados dos clientes”, diz.

Em instituições financeiras, a segurança deve ser praticada em diversas camadas. É preciso “detectar, prevenir e reagir rapidamente”, aconselha o especialista da Unisys.

Além das tecnologias para a criptografia dos dados, os bancos devem investir em ferramentas que gerenciem processos. Isso inclui a criação de comunidades de segurança para determinar quem dentro das organizações pode acessar informações de clientes.

Nessas comunidades empresariais seguras, a tecnologia pode ser implementada em níveis hierárquicos. Neves explica um banco, por exemplo, pode criar uma comunidade de crédito, cujas informações só poderão ser vistas por seus membros. “Além da criptografia, a informação pode circular dentro de um grupo, que só pode ser vista por aquele grupo e garante um nível altíssimo de confindecialidade. Essas comunidades garantem uma das preocupações dos consumidores apontada na pesquisa sobre como as empresas descartam informações dos clientes”, acrescenta.

Segundo a pesquisa a Unisys, vírus ou spam preocupam mais da metade (54%) dos brasileiros. Roubo de identidade preocupa dois terços dos brasileiros (67%). Segurança pessoal preocupa 58%.

Contudo, 28% dizem confiar na tecnologia biométrica, e 46% estão um pouco confiantes. Nesses sentido, o executivo da Unisys avalia que cabem campanhas de conscientização para mostrar os benefícios da tecnologia à população.

No México, são utilizadas as biometrias digital, de íris e foto, o que leva a um nível de excelência em segurança. O primeiro projeto de biometria da Unisys ocorreu na Malásia, em seguida, na Angola. O implementado no México contou com a participação da empresa.

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