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Futuro dos bancos é ser virtual e não mais digital

por: Afonso Bazolli
fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
07 de outubro de 2013 - 20:15

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Um banco sem agências que oferece apenas um cartão e um aplicativo de smartphone para o cliente fazer todas as transações. A ida à agência, aos poucos, sai de moda, e se torna um dos pilares de bancos que existirão apenas on-line. Nos Estados Unidos, existem instituições inteiramente virtuais, como o GoBank. Esse tipo de negócio deve chegar aqui no segundo semestre de 2014, quando a XP Corretora pretende lançar o primeiro banco virtual brasileiro.

A XP espera se beneficiar de um perfil cada vez mais comum entre correntistas: aqueles que preferem usar celular ou computador. No ano passado, pela primeira vez, o celular e a internet foram os meios mais utilizados nas transações bancárias, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A participação das transações virtuais foi de 42% contra 41% em agências, call centers e caixas eletrônicos, além de 17% em correspondentes bancários. Para os bancos, o custo de uma operação online chega a ser até 50 vezes menor do que o de um atendimento presencial, segundo a consultoria britânica Ernst & Young.

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Exclusivamente virtual, o GoBank foi lançado em junho, depois de passar o primeiro semestre em fase de testes. A empresa diz que o público alvo é a geração que cresceu usando a tecnologia. O conteúdo do aplicativo para smartphones é diferente do de bancos tradicionais. Uma das ferramentas de gestão financeira, por exemplo, é chamada de “a cartomante”. O correntista pode recorrer ao serviço quando faz uma compra. Se o objeto de desejo estourar o orçamento, o usuário recebe um conselho: “Lembra aquela vez que você ganhou na loteria? Nem eu.”

Na década de 1990, o Unibanco lançou a primeira experiência virtual no Brasil. O Banco 1 não tinha agências em uma época em que a internet engatinhava. O negócio não prosperou e os clientes foram transferidos para o banco de varejo.

O executivo-chefe da XP, Guilherme Benchimol, vê a insatisfação de clientes de grandes instituições como oportunidade para ganhar mercado. “Banco é visto como um mal necessário, é caro e pesado”, afirma. Para ele, os clientes evitam perder tempo em filas e tentam solucionar o que precisam de maneira mais ágil e cômoda.

A XP espera atrair clientes de grandes bancos cobrando taxas menores. Enquanto os tradicionais têm custos de operação com informática, mão de obra, aluguel e manutenção de prédios, os gastos do banco virtual se concentrarão em tecnologia. A projeção é de um custo 80% menor por cliente. A empresa deve encaminhar ao Banco Central o pedido de autorização para atuar como banco até setembro. A previsão de investimento é de R$ 80 milhões nos próximos três anos.

Futuro dos bancos

Os tradicionais bancos, que só devem enfrentar a concorrência de um banco virtual daqui a um ano, estão cada vez mais digitais. De acordo com a Febraban, entre 2008 e 2012, o número de agências aumentou 3% ao ano. Mas os especialistas não acreditam que esse ritmo de crescimento leve ao fim do atendimento presencial. Os clientes irão às agências em busca de orientação e consultoria sobre aplicações.

Em 2012, os investimentos dos bancos em tecnologia alcançaram R$ 20,1 bilhões, quase 10% a mais do que em 2011, segundo a Febraban. No Itaú Unibanco, o internet banking já é o canal mais utilizado. Nos últimos quatro anos, as transações por meio de computadores tiveram crescimento médio mensal de 159%. Já as operações através de celulares e tablets aumentaram 788% nos últimos dois anos e, no curto prazo, devem se tornar o segundo maior canal de atendimento.

No Bradesco, ocorreu uma média mensal de 1,5 milhão de transações pelo celular em 2011 – menos de 1% do total. Em junho deste ano, esse tipo de movimentação somou 68 milhões, correspondente a 8%. Até o fim do ano, o montante deve ser três vezes maior do que o de 2012.

Na Caixa Econômica Federal, o cenário não é diferente. A procura pelo atendimento presencial permaneceu estável, enquanto a participação dos meios virtuais deve dobrar, saindo de 12%, em 2010, para chegar a 24% neste ano. (Felipe Cordeiro e Mário Braga/AE).

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