Pesquisa da consultoria EDC também apontou que as mulheres entre 35 e 44 anos são mais
suscetíveis a apresentarem sintomas relacionados ao burnout
Em meio ao cenário econômico turbulento e times mais enxutos, muitos profissionais estão precisando lidar com um aumento da carga de trabalho. Mas as mulheres, em especial, estão se sentindo mais sobrecarregadas.
Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa da consultoria EDC, que ouviu 365 profissionais, e apontou que quase um quarto das mulheres (24,64%) se sente angustiada e ansiosa com o volume de trabalho. Entre os homens, o número de profissionais que diz o mesmo cai para 15, 96%.
Em linha com outros levantamentos, a pesquisa da EDC Group também mostrou que, como uma consequência direta de estarem mais sobrecarregadas, as mulheres estão mais suscetíveis a sofrer com a síndrome de burnout, doença caracterizada pelo estresse crônico no ambiente de trabalho.
Enquanto, no geral, 19,82% das pessoas tiveram respostas que os classificariam com burnout, entre as mulheres de 35 a 44 anos esse percentual subiu 29,27%, tornando-as o público da pesquisa com a maior incidência de sintomas relacionados à doença.
Mulheres são mais engajadas no trabalho do que os homens
A pesquisa também mostrou que uma das causas para esse sentimento de sobrecarga pode estar no fato de que as mulheres estão mais comprometidas com o trabalho. Entre elas, 68,84% afirmam “vestir a camisa da empresa”, ou seja, estão dispostas a dar ao máximo em suas funções. Já entre os homens, o patamar que diz o mesmo cai para 64, 89%.
As profissionais também são mais propensas a aceitar trabalhos de última hora: 61,59% versus 55,32%. O esforço, porém, não necessariamente resulta em ascensão para essas mulheres.
A pesquisa também apontou uma baixa representatividade delas na liderança, com 28,26% ocupando posições de nível acima de supervisor. Entre os homens, o número cresce mais de 10%, com 38,30% deles em cargos de liderança.
“’A pesquisa demonstra o quão preparadas e comprometidas as mulheres estão, cabe aos gestores e empresas equilibrarem essas entregas para que o público feminino seja mais recompensado pelo seu desempenho e menos sobrecarregado de funções”, diz Daniel Campos Neto, CEO da EDC Group.
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