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28 de novembro de 2017 - 18:00

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Conceito criado por professor da Universidade de Nova York que previu o colapso financeiro de 2008 pode melhorar seu comportamento diante de pressão

Por: Frederico Machado

O que diferencia um líder? Na maioria das vezes, o que está por trás das chamadas ‘habilidades de liderança’ são formas específicas de pensar e de agir; um jeito próprio de ver o mundo e atuar sobre ele. Por isso mesmo, o comportamento de liderança pode ser treinado e aprendido a partir de certos ‘modelos de pensamento’, ou dicas precisas sobre como encarar os fatos do dia a dia – seja no trabalho ou na vida pessoal. Algumas ferramentas úteis para esse propósito são Plano de Ação, Plano de Desenvolvimento Individual, PDCA, Ciclo de Kolb, Roda da Vida e Antifrágil. A seguir, entenda melhor como está última ferramenta funciona.

Para você entender o que é antifrágil, uma boa maneira é partirmos para a definição do que é frágil, que seria algo que sai prejudicado (quebra, rompe ou deforma) quando submetido à pressão de um agente externo. Faz sentido para você? O antifrágil, oposto de frágil, é algo que melhora quando está diante de uma situação inesperada. O conceito foi criado pelo autor libanês Nassim Nicholas Taleb no livro Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos, publicado em 2012.

Essa lógica é interessante pois rompe com o modelo de que o oposto de fragilidade está em força ou resistência, características de quem é capaz de suportar situações extremas sem se alterar. Ao buscar somente essas duas características, você não irá melhorar com o caos, permanecendo no mesmo estado em que está. No argumento de Taleb, dizer que algo resistente é o oposto de frágil é como dizer que neutro é o oposto de negativo.

Por outro lado, se você optar pelo caminho do antifrágil, irá encarar os eventos adversos de frente e se aperfeiçoará diante deles. Dessa forma, para poder crescer pessoal e profissionalmente, nós NÃO devemos evitar o caos. Isso mesmo: se esquivar e se proteger de ataques ou mudanças bruscas pode parecer um caminho seguro, mas não é a melhor opção para o seu desenvolvimento. Se você fizer isso, vai acabar camuflando as suas vulnerabilidades, quando o verdadeiro líder precisa reconhecê-las e trabalhar para aperfeiçoá-las.

Assim, adiar uma crise não é uma boa ideia. Sem a aleatoriedade, caos, desordem e estresse, o antifrágil não tem como aprender, reforçar-se, melhorar e evoluir. Segundo o autor, há muitas coisas que vieram do estresse… Porém, damos mais atenção ao já conhecido estresse pós-traumático e falamos pouco sobre o crescimento pós-traumático.

De onde surgiu?

Nassim Nicholas Taleb, professor de riscos no Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, é considerado um dos maiores especialistas no planeta em mercado financeiro, indústria repleta de incertezas e fragilidades. Antes da quebra do banco Lehman Brothers, em 2008, publicou livros prevendo o colapso financeiro. Ele costuma chamar de “cisnes negros” os grandes acontecimentos que não podem ser previstos e que trazem reflexos enormes no mercado. Dessa lógica surgiu outra grande obra sua, A Lógica do Cisne Negro, publicada em português em 2012.

Para que serve?

O conceito é importante pois ajuda a lidar com os riscos e incertezas presentes nos mais diversos âmbitos de nossas vidas. No competitivo mercado de trabalho atual, em que todos são constantemente testados, os mais fracos não resistem à ocorrência dos eventos inesperados e você será um “sobrevivente” caso absorva esse conceito de antifragilidade.

O antifrágil cria a consciência da existência de fatores externos e inesperados (muitas vezes é difícil lembrar deles na hora de se planejar) e, diante desses fatores, encara a aleatoriedade com naturalidade e como fator benéfico, sempre buscando aperfeiçoamento. Enquanto todo mundo aposta em prevenção de riscos e antecipação de crises, você vai ser o único crescendo e se desenvolvendo diante dessas situações.

Como aplicar?

Analisar as próprias fraquezas é uma das formas. Assim como ocorre com os indivíduos, algumas indústrias são antifrágeis e outras não. A aviação comercial é antifrágil e melhora a cada acidente aéreo. Isso porque quando um avião cai, as falhas são analisadas e a segurança é reforçada para se evitar que outros possam cair futuramente.

A natureza também é um bom exemplo de antifragilidade. As florestas se beneficiam das pequenas queimadas, e é com elas que evitam que materiais inflamáveis se acumulem a ponto de causarem um grande incêndio que ficará fora de controle. Em outras palavras, deixar que esses pequenos incêndios ocorram limpa a floresta dos materiais que evitariam um grande incêndio. Qual a lição? Não tenha medo dos riscos menores.

Abaixo algumas utilizações do antifrágil no dia a dia de um líder:

1. Não deixe de agir por temer a ocorrência de erros com riscos menores (você aprenderá com eles caso se confirmem).

2. Dê e receba feedbacks a sua equipe, de maneira clara e honesta, ajudando a criar um time antifrágil.

3. Aplique o conhecimento existente e estude sobre crises parecidas com as quais você está passando para saber como agir.

4. Desconfie quando tudo caminha bem e fácil demais (“quando a esmola é demais…”)

5. Não adie os seus problemas. Encare-os e leve o aprendizado consigo nos futuros projetos.

Você é antifrágil?

A seguir, veja algumas reflexões que vão ajudar a perceber se você está adotando uma postura antifrágil na sua carreira: Ao fazer seu planejamento, você procura considerar a existência de cenários inesperados ou apenas visualiza o mundo ideal? Você prefere os momentos de estabilidade ou de instabilidade? O caos te assusta ou te motiva? Você enxerga a crise como um problema ou uma oportunidade? Nos seus projetos, você precisa ter tudo sob controle ou de saber se virar diante do imprevisível?

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