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31 de agosto de 2015 - 18:02

Mba-nao-e-mais-diferencial-mestrado-da-o-dobro-do-salario-de-um-diplomado-televendas-cobranca

Por: Mariana Bomfim

Exibir um MBA ou outra pós-graduação “lato sensu” no currículo, como a especialização, não garante mais uma posição de vantagem profissional no mercado de trabalho. Um estudo realizado pela consultoria de carreiras Produtive com cerca de 400 executivos mostrou que 68% deles já cursaram pelo menos uma pós-graduação do tipo.

Assim, confiar que esses cursos serão o diferencial do candidato na hora de concorrer a uma vaga ou a uma promoção não é uma boa ideia. Há grandes chances de que os outros competidores tenham um currículo semelhante.

Além disso, os salários mais altos não estão entre os profissionais com MBA. Quem faz mestrado ou doutorado ganha cerca de 48% a mais do que quem fez uma pós-graduação “lato sensu” e mais que o dobro de quem tem apenas diploma de ensino superior.

O salário médio dos executivos

  • 13,8 mil reais é quanto recebe quem fez mestrado ou doutorado
  • 9,3 mil reais é o valor pago a profissionais com um MBA ou uma especialização
  • 5,8 mil reais é quanto ganha um executivo com diploma de ensino superior

Fonte: Produtive Consultoria

Mestrado e doutorado são os novos preferidos do mercado

“Hoje, para aumentar a capacidade de se engajar em diferentes trabalhos, as pessoas precisam investir em pós-graduação ‘stricto sensu’ [mestrado e doutorado]“, diz Rafael Souto, CEO da Produtive.

Como ainda são poucos os que investem nesse tipo de estudo -apenas 9% dos entrevistados para a pesquisa-, esses profissionais têm a vantagem que os egressos de especializações e MBAs tiveram no passado.

Segundo Souto, nos últimos três anos, as empresas se aproximaram das universidades e passaram a valorizar o conhecimento gerado por quem volta para os bancos das universidades para se tornarem mestres e doutores. “Ainda há um distanciamento entre as organizações e a academia, mas isso tem melhorado ano a ano”, diz.

Prefira planejar sua carreira a colecionar diplomas

Pensar na meta profissional a médio e longo prazo e planejar os próximos passos a serem dados na carreira é mais importante do que fazer vários cursos, de acordo com Souto.

“Muitos jovens executivos colecionam títulos e acabam montando um currículo desconectado”, afirma. “O profissional deve montar um plano estratégico para a carreira e, só então, encaixar a formação acadêmica nele.”

Souto diz, também, que não basta fazer cursos baratos em instituições sem prestígio no mercado. “Se o executivo não tem os recursos para estudar em uma escola renomada, é melhor economizar e fazer o curso amanhã do que pagar por um curso qualquer hoje”, fala.

Salários de executivos mestres e doutores são os mais altos

A pesquisa da Produtive mostrou, também, que o tipo de pós-graduação feito pelos executivos influencia no seu salário. Em média, o grupo que fez um curso “lato sensu” recebe R$ 9.306 mensais. Quem fez mais de um desses cursos tem um salário maior, de R$ 12.801. Os executivos que estão no topo do nível de capacitação, com mestrado ou doutorado, ganham, em média, R$ 13.804.

A pesquisa também calculou a remuneração média de quem tem apenas diploma de ensino superior, sem pós-graduação. Eles representam 23% dos entrevistados e recebem salário médio de R$ 5.812.

MBA ou mestrado?

Planejamento de carreira é fundamental

Defina sua meta profissional antes de fazer cursos. Só então decida qual pós-graduação -MBA, especialização, mestrado ou doutorado- vai ajudá-lo a chegar lá.

Curso deve ser renomado

Fazer diversos cursos de MBA em escolas sem prestígio não vai alavancar sua carreira. Se você decidiu que a pós-graduação “lato sensu” atende melhor às suas expectativas profissionais, não jogue dinheiro fora. Escolha instituições de ponta, valorizadas pelo mercado.

Maioria faz MBA

A pesquisa da Produtive mostrou que a maioria dos executivos entrevistados já tem um MBA ou especialização. Se você fizer um curso do tipo, vai engrossar a estatística e pode não se diferenciar no mercado.

Empresas começam a valorizar mestrado

Apenas 9% dos entrevistados para o estudo fizeram mestrado ou doutorado. De acordo com Souto, as empresas estão vendo com bons olhos esses profissionais. “Antigamente, elas achavam que a pessoa que voltava à sala de aula para pesquisar estava perdendo tempo”, diz. “Hoje, entendem que, para aumentar sua competitividade, necessitam de profissionais diferenciados, que seguem se atualizando.”

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