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07 de dezembro de 2015 - 18:02

O-impacto-da-pos-graduacao-nos-salarios-dos-executivos-televendas-cobranca

Por: Claudia Gasparini

Aos olhos do mercado de trabalho brasileiro, fazer uma especialização deixou de ser diferencial – e se tornou pré-requisito. A conclusão é de um estudo feito pela consultoria Produtive com cerca de 400 executivos das regiões Sul e Sudeste.

A pesquisa demonstrou que a maior parte dos profissionais já tem pós-graduação “lato sensu”. Entre os executivos consultados, 68% fizeram uma ou mais especializações. Aqueles que não obtiveram títulos além da graduação são somente 23%.

“Ter uma especialização hoje virou commodity, já não serve para destacar ninguém”, afirma Rafael Souto, presidente da consultoria.

Com a popularização dos títulos e cursos de pós-graduação, comenta Souto, é preciso buscar universidades de primeira linha para conseguir “brilhar” aos olhos do mercado.

Outra forma de se destacar é apostar em cursos de pós-graduação “stricto sensu”, que compreendem programas de mestrado e doutorado. Segundo a pesquisa da Produtive, a parcela dos executivos que detém pelo menos um desses diplomas é de apenas 9%.

Segundo Souto, as empresas têm valorizado mais mestres e doutores. “Aos poucos, estamos seguindo o exemplo dos Estados Unidos e do Japão, países em que projetos de inovação são desenvolvidos em parceria por executivos e pesquisadores”, afirma ele.

A academia volta ao jogo

O muro simbólico que tradicionalmente dividiu mercado e universidade está em processo de desconstrução no Brasil, de acordo com Souto. A valorização do profissional próximo da academia se faz perceber, sobretudo, no quesito remuneração.

A mesma pesquisa da Produtive mostrou que os profissionais com mestrado e/ou doutorado são os mais bem pagos – recebendo mais do que aqueles que têm duas ou mais especializações, inclusive. Veja a tabela abaixo:

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Segundo Souto, está caindo por terra o preconceito de que a teoria trabalhada nas universidades tem pouca ou nenhuma aplicação no mercado. “Ainda existe distância entre os dois ambientes, mas ela está diminuindo ano a ano”, comenta.

Pelo mesmo motivo, continua ele, estamos deixando para trás o velho ditado segundo o qual “quem sabe faz, quem não sabe ensina”. Hoje, muitos executivos buscam mestrado e doutorado vislumbrando a possibilidade de dar aula em faculdades.

De acordo com Souto, se a dedicação ao ensino não for exclusiva, trabalhar numa empresa e lecionar ao mesmo tempo é um caminho possível. “Muitos profissionais do mercado já veem a docência como uma fonte alternativa de renda”, afirma.

Mas, pondera Souto, a mentalidade das empresas brasileiras ainda precisa evoluir em alguns quesitos. São poucas as empresas que apoiam o profissional já contratado que queira fazer mestrado, por exemplo. “Elas querem que você já chegue com o título”, explica ele.

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