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Por que os jovens cobram promoções antes de mostrar resultados?

por: Angelica Balthasar
em: Gestão
fonte: Click Carreira
06 de dezembro de 2012 - 0:06 - atualizado às 0:26

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Muitos profissionais não conseguem encarar frustrações e deixam uma empresa atrás da outra em busca do emprego ideal

Por: Sidnei Oliveira

Nos últimos anos, tenho observado o comportamento de jovens que estão se movimentando para ingressar no mercado de trabalho. Não é difícil encontrar aqueles que têm uma excelente formação acadêmica, resultante, principalmente, de privilégios conquistados por seus pais. Claro que isso não desqualifica o potencial desse profissional. Na verdade, creio que até aumenta a responsabilidade e a pressão para que ele seja merecedor de tais benefícios.

Também tenho encontrado jovens que, apesar de não usufruírem de tantos privilégios, buscam sua formação ingressando no mercado de trabalho mais cedo, realizando trabalhos operacionais que não exigem necessariamente uma formação superior. Para esses jovens, muitas vezes, conquistar uma posição de destaque em uma grande empresa é um sonho distante e quase inatingível. Os melhores indicadores disso estão nos processos de seleção de trainees promovidos por grandes empresas, nos quais é possível identificar até 3.000 candidatos disputando uma única vaga.

Esse cenário se torna mais complexo quando adicionamos a competitividade global, principalmente por conta dos altos índices de desemprego de jovens na Europa, além, é claro, do aumento significativo na expectativa de vida, que faz com que os profissionais veteranos demorem mais para sair do mercado de trabalho.

Realmente é um contexto bastante desafiador para o jovem. Contudo, mesmo com todos esses desafios, tenho encontrado, sistematicamente, jovens que concentram suas energias na busca do EMPREGO IDEAL. Aquele que irá trazer satisfação pessoal através de um ambiente flexível, com gente bacana e descolada, com atividades desafiadoras e estimulantes, contemplado por benefícios e salários diferenciados e, evidentemente, com um plano de carreira curto e de ascensão rápida. Quando, eventualmente, ele entra em uma empresa e não encontra todos os fatores de acordo com suas expectativas, sua opção tem sido a de se desligar do emprego e buscar um lugar melhor para trabalhar – sempre sob o argumento de estar “buscando novos desafios”.

Essa busca utópica por “fazer o que gosta no emprego ideal” tem levado vários jovens a não perceber que o mercado profissional é regido por uma palavra simples – TRABALHO – e não há qualquer empresa que tenha o propósito de reconhecer e recompensar um profissional antes que ele tenha participado do jogo e mostrado seu valor com trabalho.

Ou seja, manter uma postura altiva, buscando a compensação pelos esforços que empreendeu é válido, desde que tenha apresentado resultados e que sua experiência seja fundamental para o negócio da empresa.

O jovem sabe que sua curta trajetória de vida não permite, inicialmente, uma valorização de sua experiência, por isso, seu maior desafio é entender que os resultados somente podem ser apresentados por quem está jogando, assim, creio que seria melhor o jovem concentrar suas energias em “entrar no jogo”, e não em escolher qual o melhor jogo para participar. Afinal, enquanto ele está selecionando a melhor empresa para trabalhar, os processos nas companhias também ficam cada vez mais seletivos, desse modo, a única coisa que ele consegue é ficar “fora do jogo”.

Deixo uma pergunta: você realmente está preparado para entrar no jogo?

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Comentários (4)
  1. A nossa geração quer e precisa de resultadoa rápidos por que é dessa maneira que crescemos e fomos estimulados. Precisamos estudar mais, falar 3 linguas, estar antenado com o mundo e ter vivência internacional. Lembrando que se você não tiver tudo isso antes dos 25, você já está desatualizado. Não quero defender a geração Y aqui, mas quero mostrar que estamos refletindo o contexto em que fomos criados. Vimos nossos pais sendo demitidos depois de anos de dedicaçāo em uma empresa e não queremos repetir isso. A econmia hoje é diferente de como era nas ultimas décadas e por isso hoje também temos o privilégio de poder escolher onde queremos trabalhar. Sem dúvidas, jogamos o jogo, porém nem todos entendem que jogamos já usando as novas regras determinadas pelas próprias empresa: resultado em menos tempo possível em com alta qualidade.

    Heloisa em 14 de dezembro de 2012 - 11:09
    • Fantástico! Exatamente isso! É muito ruim defender uma postura amadora jogando a culpa na geração! É um pensamento pré histórico de querer segurar a evolução. A verdade de 10 anos atrás não pode ser a realidade de hoje ainda mais com a curva de mudança de mercado e informação sendo exponencial. Respeito a opinião mas discordo!

      Diego em 14 de dezembro de 2012 - 17:36
  2. Excelente reflexão!
    Em contrapartida, tenho me deparado, na prática e em conversas com companheiros de profissão, com empresas que se ‘assustam’ com jovens profissionais que apresentam excelentes resultados e entregam metas em prazos mais curtos do que o previsto. Na maioria dos casos os gestores na sua (in) competência e (i) maturidade profissional acabam por desligar o mais jovem sem justificativa ou até mesmo ‘caçando’ um defeito ou erro.
    Recomendo resiliência para ambos perfis profissionais, está em falta no mercado!

    Audrey Omote Montechezi em 07 de dezembro de 2012 - 16:02
  3. Este artigo tem tudo a ver com a realidade atual.

    LÍDIA CUSTÓDIO em 06 de dezembro de 2012 - 08:26

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