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Seu chefe pode convencer você a amar seu salário

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Exame
21 de junho de 2017 - 18:00

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Por: Sarah Grant

Todos os trabalhadores acham que deveriam ganhar mais — não há nada de novo nisso.

Mas dois relatórios recentes sugerem que os empregadores podem não ter que dar uma boa remuneração aos seus funcionários para mantê-los felizes.

Nos EUA, uma pesquisa com 71.000 trabalhadores realizada pelo PayScale, um site que monitora salários, mostrou que os funcionários mal pagos — ou seja, que ganhavam menos do que a taxa do mercado para o cargo — ficaram mais satisfeitos com o trabalho quando a empresa foi transparente em relação à remuneração.

A porcentagem de funcionários mal pagos satisfeitos com a remuneração saltou de 40 por cento para 82 por cento quando o gestor simplesmente se sentou para discutir salário com os funcionários.

Por outro lado, 64 por cento dos funcionários que ganhavam o justo (pela taxa de mercado) achavam que eram mal pagos e pretendiam procurar um trabalho com um salário mais elevado em outro lugar.

A pesquisa mostra que esses funcionários insatisfeitos saíam mesmo se seus salários subissem.

“Existe uma enorme disparidade de informação”, disse Tim Low, vice-presidente de marketing do PayScale. “Os empregadores tinham todas as informações sobre a remuneração e os funcionários contavam com o mínimo”.

Dados disponíveis na internet

Com dados sobre salários mais prontamente disponíveis na internet é mais fácil os trabalhadores saberem quanto seus colegas podem estar ganhando, disse ele. Isso deverá motivar as empresas a esclarecerem quanto estão pagando e por que, especialmente porque o relatório mostra que as expectativas da maioria dos funcionários estão equivocadas.

Embora seja mais fácil do que nunca pesquisar os níveis salariais, a maioria dos trabalhadores não sabe como comparar seu contracheque com a taxa do mercado.

Os trabalhadores que encontram mais dificuldades são aqueles com salários acima do nível do mercado. Cerca de metade desse grupo sentia que ganhava de acordo com o mercado e um terço disse que ganhava menos.

Apenas 21 por cento dos membros desse grupo sabiam que estavam levando para casa um contracheque mais elevado que o do mercado.

A maioria esmagadora dos que acertaram no alvo foram os trabalhadores mal pagos. Deles, 83 por cento sabiam que não ganhavam um salário de acordo com o mercado.

Capacitação de gerentes

“Corrigir a diferença de percepção sobre o salário não custa nada para as empresas”, disse Low. “Mas exige que elas ensinem os gerentes a não fugirem da conversa”.

Trata-se de uma notícia relevante para as empresas, que estão preocupadas em descobrir como manter seus melhores funcionários.

Em outra pesquisa do PayScale com 5.530 firmas para verificar como elas remuneravam seus funcionários, 63 por cento dos empregadores classificaram a retenção como a principal preocupação.

Apesar disso, menos da metade das empresas consultadas pelo PayScale capacita gerentes para conduzir conversas difíceis com os funcionários a respeito da remuneração.

Uma forma de fazer com que essas conversas fluam com suavidade, disse Low, é informar os parâmetros de referência para os diferentes cargos oferecidos na empresa, com faixas salariais que mostrem aos colaboradores onde eles estão dentro do espectro.

Fornecer dados salariais em tempo real também é algo útil; contudo, as empresas teriam que investir em sistemas que monitoram os níveis salariais de mercado.

A pesquisa também mostrou que a maioria das empresas não estava falando abertamente sobre salário. Até este ano, menos da metade dos empregadores disse que vinha ou está trabalhando na melhoria da transparência com um novo software de monitoramento de salários ou com treinamento gerencial.

As empresas preocupadas em manter seus funcionários mais valiosos estão incorporando um maior feedback aos seus estilos de gestão.

A análise anual de desempenho está sendo deixada de lado em muitos lugares, dando lugar a discussões mais frequentes sobre salários e a formas de mudar as remunerações, como, por exemplo, adquirindo mais habilidades, disse Low.

“Não existe um ciclo mágico de um ano”, disse ele. Se as empresas esperarem um ano para discutir se devem dar um aumento aos seus melhores players, elas poderão descobrir que eles já estão a caminho da saída.

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