Pular de emprego em emprego quando se está na faixa dos 20 anos pode denotar inconstância. Mas um estudo de professores das universidades de Duke e Iowa, nos Estados Unidos, e Colúmbia Britânica, no Canadá, afirma que essas mudanças aumentam as chances de encontrar funções mais bem remuneradas e satisfatórias a partir dos 30/40 anos. O estudo detectou que a troca constante de empregos nessa fase estava relacionada a salários posteriores melhores em cargos mais estáveis, pois permitiu que os jovens testassem e encontrassem sua “verdadeira vocação”.
O estudo revela também que, diferentemente da percepção comum, na América do Norte os jovens enfrentam situações mais frequentes de desemprego não porque faltem postos de trabalho para sua faixa etária, mas porque têm a tendência de trocar de função mais facilmente. Embora essa inconstância seja verificada por outros estudos desde os anos 70, os autores descobriram o surgimento de um fenômeno novo: essa mudança não ocorre apenas entre funções da mesma atividade, mas entre empregos completamente diferentes (“troca ocupacional”, no jargão técnico). O estudo questiona a tradicional noção de que o sucesso é resultado de uma força de trabalho estável, pois atualmente o mercado de trabalho está muito fluido, acelerando a movimentação entre empregos. E o pula-pula dos jovens, nesse contexto, pode ser um trunfo futuro.
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