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BTG compra o Bamerindus por R$ 418 milhões

por: Angelica Balthasar
em: Notícias
fonte: O Estado de S.Paulo
03 de fevereiro de 2013 - 17:08

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Banco de André Esteves vai ficar com a parte da instituição paranaense que não foi vendida ao HSBC em 1997

O banco BTG Pactual anunciou a compra do Bamerindus, que estava em liquidação extrajudicial. Pelo acordo, o banco presidido por André Esteves vai pagar R$ 418 milhões, em cinco parcelas anuais, ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Por: Aline Bronzati

O que o BTG está comprando, na verdade, é uma parte do Bamerindus. Em 1997, nos primeiros anos após o Plano Real, o banco paranaense, que era controlado pelo ex-senador José Eduardo Andrade Vieira sofreu uma intervenção do Banco Central, e foi dividido em duas partes: uma saudável, que foi comprada pelo HSBC, e outra que ficou com os ativos “podres”, que está sendo vendida agora.

Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a aquisição deve ser aprovada pelo Banco Central em cerca de cinco meses. Só após essa autorização do órgão regulador é que será feito o pagamento da primeira parcela das cinco prestações. Os R$ 418 milhões do negócio superam o patrimônio líquido da instituição. Com isso, os primeiros efeitos deste investimento devem começar a aparecer no balanço do BTG a partir do segundo semestre de 2013.

A venda do Bamerindus ao BTG está sendo negociada, segundo a fonte, há oito meses com o FGC. O negócio foi costurado em conjunto com o Banco Central e ex-controladores do Bamerindus. Antes disso, o banco chegou a ser oferecido a grandes bancos brasileiros. O mandato de venda do Bamerindus estava nas mãos do Deutsche Bank. Mas ninguém se interessou.

Oportunidade. O BTG, conforme a mesma fonte, identificou uma oportunidade de gerir a carteira de ativos e passivos do Bamerindus. Em março do ano passado, quando o Ministério Público do Paraná e o FGC assinaram acordo para pôr fim a uma ação contra ex-administradores e ex-controladores do Bamerindus, dos cerca de R$ 3,3 bilhões de créditos a receber, cerca de R$ 1,5 bilhão já havia sido recuperado.

A principal sinergia do Bamerindus com o BTG, conforme a fonte, é a carteira de crédito que contempla garantias de imóveis, veículos e títulos do Tesouro que foram recuperados ao longo deste ano. “O objetivo do BTG é trabalhar a carteira de crédito do Bamerindus, ofertando mais crédito para bons clientes”, disse a fonte. Além disso, o BTG ainda vê oportunidades em gerar negócios para outras áreas dentro da instituição como, por exemplo, de wealth management (gestão de fortunas).

Segundo comunicado do BTG, previamente à conclusão e fechamento da operação, será cessada a liquidação extrajudicial do Bamerindus e das suas subsidiárias. Os passivos serão liquidados ou saneados.

A marca Bamerindus não faz parte do negócio. Isso porque, conforme o acordo acertado com o HSBC, em 1997, a mesma não pode ser transferida. Além dos ativos e direitos creditórios, com a transação o BTG adquire o controle acionário da instituição e de suas subsidiárias. Sua participação societária será superior a 98% do capital social total e votante do Bamerindus. Procurado, o BTG Pactual não quis comentar a aquisição.

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