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06 de março de 2016 - 14:08 - atualizado às 20:55

Prefeitura-libera-26-milhoes-para-modernizar-central-156-na-capital-televendas-cobranca

População tenta resolver problemas pela central, mas não consegue.

TC analisa suspeitas de irregularidades em contrato de administração atual.

A prefeitura libertou R$ 26 milhões para a modernização e manutenção da central telefônica 156, que presta informações sobre serviços, entre eles o transporte público, da capital paulista. A abertura de crédito adicional foi publicada no Diário Oficial do Município e trata-se de um remanejamento de verbas do orçamento, prevendo pagamentos futuros.

Quem liga para o 156 com frequência demora para ser atendido. E a resolução de problemas leva em média 40 dias.

O biólogo Aldair Arantes já tentou resolver 7 problemas através da central, desde barulho na rua até criadouros de dengue. As ligações para o 156 começaram em janeiro de 2015 e até hoje, não houve nenhuma resposta. Ao ligar de novo, ele fica 10 minutos do telemarketing da prefeitura

Atendente: “Aqui não tem prazo pra atendimento, Ficou em aberto e não foi feito, não tem resposta”

Ele:“Mas nenhum tem resposta!”

Atendente: “É, entendo, mas é o órgão que tem que resolver, não o 156 + vou fazer nova solicitação e aí vai gerar novo número de protocolo “

Ele diz que se sente frustrado por não ter resposta. “Muito desagradável. Eu, como munícipe, espero que o município me atenda nas solicitações, que acaba sendo meio comum a todos os moradores e simplesmente a prefeitura não dá uma resposta plausível. Eles vão esticando o prazo, vão sobrepondo protocolo e sobrepondo protocolo, eles estão calçados. Porque aparentemente o que dá pra entender é que no momento que eles sobrepõem o protocolo, é como se tivesse iniciando novamente a solicitação”, diz Arantes.

“O município não dá uma resposta positiva, o atendente às vezes não tem a informação, é despreparado para o tipo de atendimento”, acrescenta ele.

Serviços pela cidade

Pela cidade, se vê que há vários serviços por fazer. Em Cidade Ademar, na Avenida Vereador João de Luca, há sacos de lixo, como restos de obra e garrafas, no meio do mato e na calçada.

“Tem sempre! Muita, muita sujeira, é sempre assim! Ninguém passa pra limpar, é sempre assim”, diz a aposentada Josefa Souza.

E também entulho embaixo da ponte do Morumbi. “Geralmente eles deixam aqueles sacos rasgados ali, eles deixam ali e trazem saco velho, cheio de entulho e vai sempre trocando”, diz o motorista de ônibus Roberto Mizota.

A reportagem ligou para o 156 depois dos flagrantes: “No momento não tem como abrir a reclamação porque o meu sistema se encontra intermitente. Então vou pedir por gentileza que a senhora retorne o contato em instantes pra poder abrir a reclamação, está bom? O atendimento é 24 horas”

Suspeitas de irregularidades

A burocracia também emperra o processo de escolha da empresa que vai tocar o 156 nos próximos anos. A licitação foi interrompida três vezes. Atualmente, a prefeitura tem um contrato emergencial com a empresa Call Tecnologia e Serviços Ltda;

O contrato vence em junho e pode ser esticado, mas está sendo analisado pelo Tribunal de Contas do Município por suspeitas de irregularidades.

Em 2014, a Câmara de Vereadores encaminhou para o Tribunal  – e também para o Ministério Público e para a Prefeitura – uma lista de problemas. O relatório dos vereadores aponta que a empresa recebe por hora que o computador passa ligado, mas isso não significa que tenha um atendente ali o tempo todo.

Pelo relatório, em três ano, o valor que a prefeitura paga pelo serviço triplicou, chegando a R$ 80 milhões em 2013. E esse mês a prefeitura autorizou um crédito adicional de R$ 26 milhões para modernizar e manter a central 156. Dinheiro que vai sair da construção da Fábrica do Samba.

Pelo relatório, em três ano, o valor que a prefeitura paga pelo serviço triplicou, chegando a R$ 80 milhões em 2013. E esse mês a prefeitura autorizou um crédito adicional de R$ 26 milhões para modernizar e manter a central 156. Dinheiro que vai sair da construção da Fábrica do Samba.

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1 Comentário
  1. Tanto mídia eletrônica quanto principalmente a Rede Globo, apontam o problema na empresa prestadora do serviço telefônico (Call Tecnologia), e em seus atendentes(despreparados), mas todos esquecem que é a PMSP que não atualiza informações sobre prazos, que não investiga se cada subprefeitura esta ou não executando seus serviços. Para todo mundo é fácil colocar a culpa, estressar o atendente que nunca se quer viu o Prefeito, algum Subprefeito ou Secretário de qualquer coisa. O básico do Call Center é o treinamento, e mesmo não fazendo parte desta empresa, tenho certeza que eles têm e sempre tiveram, agora a cobrança deve ir pra quem responde por aquela área e esta novamente digo, deve cobrar as subprefeituras.
    Pra concluir, sim que abram 10.000 novos protocolos, quem sabe assim a Subprefeitura aleatoriamente resolve pegar um.

    Fernando Alves em 07 de março de 2016 - 21:29

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