O administrador Carlos Paiva, 61 anos, conheceu o universo dos surdos quando era funcionário de uma empresa que fabricava telefones para esse público. “Percebi que a tecnologia avançava, mas não havia soluções de comunicação pela internet e pelo celular”, afirma. Ele propôs a seu chefe desenvolver serviços de SMS e webchat. A resposta foi negativa, então Paiva decidiu colocar o projeto em prática por conta própria: fundou a Geniatech em São Paulo (SP), no final de 2008. Lá, desenvolveu o Sias (Sistema Integrado de Atendimento ao Surdo), que permite às empresas receber, em uma só plataforma, chamados de pessoas com deficiência auditiva originados de telefonemas, chats e SMS.
O produto foi adotado por clientes como a Atento, a Allianz Seguros e a Unimed. Paiva aprimorou a ferramenta para transformá-la em um software armazenado em nuvem e, no ano passado, diversificou os canais de atendimento – incluiu demandas vindas de redes sociais e por videochat. Com 62 clientes, a Geniatech registrou um faturamento de R$ 963 mil em 2013, 19% a mais do que no ano anterior. “Para prestar um serviço de qualidade, é preciso entender a expectativa do público. Um instrutor surdo treina os atendentes para serem diretos e cordiais, o que diminui a ansiedade do consumidor”, diz Paiva.
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