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Tivit conclui aquisição da Synapsis e cresce na AL

por: Afonso Bazolli
em: Notícias
fonte: Valor Econômico
27 de outubro de 2014 - 18:08

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Por: Ivone Santana

Quase 20 anos após se aposentar como jogador profissional de tênis, Luiz Mattar preserva os hábitos que adquiriu no esporte: joga semanalmente e, nos negócios, tenta driblar a competição. Foi com esse espírito que o executivo, cofundador e presidente da Tivit, concluiu na noite de terça-feira a aquisição da Synapsis, por R$ 330 milhões. O valor poderá aumentar com o fechamento dos resultados da Synapsis neste ano, já que está atrelado à receita, e chegar a R$ 450 milhões.

Metade do montante já foi paga com o caixa da Tivit e o restante será por conta da geração de caixa futura, em prazo superior a um ano, disse Mattar, em entrevista exclusiva ao Valor PRO, o serviço de informação em tempo real do Valor. A aquisição representa cerca de 15% da receita da Tivit, controlada pelo fundo de investimentos Apax Partners e que tem Mattar como acionista minoritário.

A operação foi anunciada em agosto e aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em setembro.

A Tivit atua com gestão de infraestrutura de tecnologia da informação, gestão de aplicações e de processos de negócios. A Synapsis, uma cisão do grupo espanhol Endesa, tem experiência em gestão de aplicações, gestão de empresas (SAP) e em redes inteligentes de transmissão e distribuição de energia (smart grid) e de outros serviços públicos. A Tivit compete com diferentes companhias, dependendo do setor, mas confronta IBM e HP com mais frequência, em serviços relacionados à tecnologia da informação e a centros de dados.

Com a Synapsis, a Tivit aumenta sua receita para R$ 2,3 bilhões, expande sua atuação – até agora focada só no Brasil – para a Argentina, o Chile, o Peru, o Equador, a Colômbia e o Panamá. “Noventa por cento do PIB da América Latina está coberto agora pela Tivit”, disse o executivo.

Além disso, incluiu em seus ativos mais seis centros de dados, que se juntam aos três que já mantinha. Todos estão interligados por fibras ópticas em redes redundantes. Mattar disse que os centros de dados não serão consolidados. Os serviços que processam são de missão crítica, ou seja, essenciais para os clientes, e envolvem faturamento, contas, transações de cartões de crédito e outros que não podem ser interrompidos.

A Tivit também incorpora 1,5 mil funcionários que se somam aos atuais 25 mil. No Brasil, mantém a marca Tivit, nos demais países da América Latina será Tivit|Synapsis, pois a marca adquirida é bem conhecida na região.

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Segundo Mattar, não deve haver demissões. Os negócios das duas companhias não se sobrepõem, ao contrário, são complementares e se encaixam geograficamente, o que praticamente elimina sinergias operacionais. No Brasil, a Tivit vai aproveitar para aumentar sua presença no Nordeste, onde tem pouca penetração. Hoje, 98% de seus negócios estão concentrados no Sudeste. A Synapsis tem mais presença no Nordeste.

“A integração será tranquila, as duas empresas estão em lugares diferentes, então as pessoas da operação serão as mesmas”, disse Mattar. Ontem, o executivo viajou para Fortaleza, para detalhar a transação aos funcionários locais e mostrar que eles não serão prejudicados. Amanhã segue para o Chile para falar com os novos colaboradores que chegam com a Synapsis.

Juntas, as empresas têm mais de 3,5 mil clientes em sete países, inclusive o Brasil. “Não temos clientes cruzados”, disse o executivo. E como os serviços são diferentes, as áreas comerciais terão oportunidade de oferecer novos serviços para cada cliente. Equipes de vendas da Tivit vão procurar entender como atuam seus pares na Synapsis para depois fazer um plano de unificação.

Mattar disse acreditar que não haverá redução de custos. As áreas operacionais são independentes e atuam em locais diferentes. Mas deve haver um ganho de escala em relação a fornecedores e equipamentos.

No próximo ano, a Tivit pretende investir R$ 140 milhões, 16,6% a mais do que em 2014. Sua receita tem projeção de 13% a 14% de crescimento em 2015, enquanto a da Synapsis está calculada em 15% de expansão. No ano passado, o lucro sobre juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Tivit atingiu R$ 302 milhões, a margem Ebitda 20,5%, a receita bruta R$ 1,65 bilhão e o lucro líquido R$ 90 milhões.

Os serviços que respondem pela maior fatia da receita da Tivit são relacionados às plataformas transacionais. A empresa opera e monitora sistemas transacionais dos clientes: cartões de crédito e de débito, vales-refeição e débito direto autorizado, por exemplo. Nesse último caso, Mattar disse que a Tivit desenhou e opera o serviço. Outra área forte é a gestão de ambientes de centros de dados – servidores e bancos de dados dos clientes.

De modo geral, o mercado é bem competitivo, por isso a estratégia da Tivit de expandir sua atuação para mercados onde ainda tem pouca presença. Como os concorrentes são fortes nessas localidades, Mattar disse que a empresa será uma novata, especialmente no Chile, na Colômbia e no Peru.

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