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15 de junho de 2015 - 18:25

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Por: Camila Silva

As operações do HSBC no Brasil, que somam R$ 167,9 bilhões em ativos, mais de 4,6 milhões de clientes e 853 agências, estão à venda e são disputados pelos maiores players de mercado: Itaú, Bradesco e Santander. A filial do banco britânico, no entanto, não teve um desempenho exemplar em 2014, quando a instituição acumulou R$ 532,7 milhões em prejuízo pela operação brasileira, além de apresentar receita e faturamento com juros inferiores em comparação com o ano anterior.

Mas a pergunta que não quer calar para empresários do segmento de crédito e cobrança é: qual será o impacto da venda ou fusão do HSBC para o nosso mercado? “As experiências que tive [em fusões e aquisições de bancos] mostram que o impacto no segmento de cobrança é pequeno para as carteiras de Pessoa Física. No mercado de Pessoas Jurídicas (Middle Market e Corporate), o impacto é relativamente maior, por conta da consolidação dos ativos e de uma política de cobrança mais artesanal, em que as decisões são tomadas de maneira pontual”, conta José Tosi, sócio da GoOn Consultoria, que já presidiu a MasterCard, Fininvest e Citibank México para o segmento de Pessoas Físicas. No HSBC, Tosi foi responsável pelos negócios de Cartões, Consumer Finance, Veículos, Empréstimo Pessoal para não correntistas e Crédito Hipotecário.

Segundo o especialista, o impacto mais imediato ficará por conta da mudança de gestão, visto que cada instituição tem diferentes políticas de relacionamento com as empresas de cobrança. “A ameaça fica por conta daquelas assessorias que estejam com uma performance menos eficiente no banco comprador e nas carteiras do HSBC. Por outro lado, aqueles que estejam com histórico de boas performances nas carteiras do HSBC e não tenham participação relevante na instituição compradora, conseguirão uma oportunidade de mostrar seus diferenciais e ganhar uma fatia maior de mercado”, adverte José Tosi.

Preço e cobrança por resultados são outras percepções que o mercado terá quando a venda for consumada. “A consolidação dos ativos financeiros para Pessoa Física que acontece no mercado financeiro sempre traz um desafio para as assessorias no que diz respeito à sua capacidade de negociar preço. Cada vez mais, o mercado de cobrança demandará o aumento de eficiência e eficácia de sua força de trabalho para garantir a manutenção das margens”, continua o consultor da GoOn.

Por fim, no que se refere ao crédito, a saída de um banco do mercado significará uma diminuição de oferta. “No entanto, a oferta estará relacionada à visão estratégica que a instituição compradora tenha em relação aos ativos, produtos e mercado atendido pela Losango”, finaliza Tosi.

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1 Comentário
  1. Costumo acompanhar sempre os comentários, e acho muito interessante por trabalhar na área de recuperação de crédito.

    Sandro Silva em 17 de junho de 2015 - 07:23

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