Por: Ricardo Pierini

Foi-se o tempo em que o profissional de tecnologia era meramente um suporte técnico para as empresas. Com o passar dos anos, o mercado e as organizações têm colocado em pauta assuntos relevantes à governança de TI, boas práticas de gestão e serviços e segurança da informação que, se aplicadas corretamente, geram direcionamentos estratégicos e melhorias à corporação.

Entretanto, é preciso analisar o nível de maturidade nessas empresas em relação à tecnologia e saber se elas realmente possuem estruturas de TI organizadas e alinhadas com o modelo de negócio adotado, pois, a crescente demanda por conectividade, torna cada dia mais vital ter um time de TI e Telecomunicações antenado com as novidades do mercado.

Nessa questão, a escolha por ferramentas de monitoramento que permitam uma visão geral do ambiente e uma melhor leitura desse panorama de nível crítico são fundamentais para o dia-a-dia. A grande missão deste profissional será manter, não só, a conectividade da rede para uso interno dos colaboradores, que vai desde a navegação a envio de e-mail, quanto deixar o ambiente seguro contra qualquer queda de tecnologia.

A partir disso, chega o momento de estruturar todo o serviço de apoio, mas tudo depende da sensibilidade de cada executivo. Enquanto algumas indústrias consideram o serviço como um custo, outras que respiram tecnologia diariamente a enxergam como um suporte. Um exemplo muito prático para entender melhor é o fato de empresas pequenas não terem em seu orçamento anual a contratação de profissionais da área. É preciso ter em mente que quanto mais a empresa cresce, maior o número de colaboradores necessários para suportar os vários ambientes que dependem de tecnologia e quando isso ocorre o “custo” passa a ser um fator decisivo.

Nesse momento, algumas empresas optam por internalizar esse serviço, geralmente, essa escolha torna-se problemática. Em regra, o que se vê, nesses casos, são profissionais de TI acumulando diferentes funções, devido a uma confusão na leitura que o profissional que entende de Redes, compreende de tecnologia de um modo geral. Tal situação pode gerar múltiplas atribuições diferentes da instrução de trabalho que o especialista tenha recebido, fazendo com que ele não consiga dar a devida atenção ao ambiente online, o que poderá ser um grande problema, dependendo do segmento ou tamanho da empresa. Além disso, outra questão a ser ressaltada, é que, além dos investimentos em hardware e software, é necessário moldar a equipe para lidar com novas tecnologias, o que, na maioria das vezes, é bem custoso.

Esse conjunto de aspectos acaba levando os executivos a optarem pelo caminho da terceirização, fazendo com que a corporação passe a focar unicamente em seu negócio final, deixando a responsabilidade de manter o ambiente online disponível e monitorado para a empresa especializada. A partir disso, a empresa ganha velocidade em todos os elos dessa cadeia, pois transfere a empresa contratada a responsabilidade de manter e gerir o ambiente monitorado e ainda abaixo de um contrato de nível de serviço (SLA), que define bem o papel da contratada.

Ao assumir essa rede, a empresa contratada precisa entender as necessidades básicas do dia a dia da corporação, como também ter um claro entendimento do escopo de trabalho. Com toda essa atmosfera absorvida, tem-se o cuidado de colocar todo a maturidade e Know-How da empresa terceirizada a serviço do cliente. Como regra geral, realizar trocas constantes de informações por e-mail, áudio conferência ou presencial, para uma leitura geral das necessidades tecnológicas da contratada, entendendo o fator tempo e investimento disponível, visando enriquecer o conhecimento sobre o ambiente e programar as ações futuras. Não adianta, por exemplo, a empresa ter um bom sistema de faturamento, se o servidor que hospeda não tem capacidade de armazenamento e processamento suficiente para suportar dias de grande movimento.

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