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Terceirização virtual

por: Afonso Bazolli
fonte: Folha de S.Paulo
07 de abril de 2015 - 18:09

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Empresas ofertam serviços na internet para cortar despesas de negócios e conquistar empresários em ano de crise

Por: Filipe Oliveira

Enquanto parte dos empresários se angustia com as previsões de que a economia brasileira deve encolher em 2015, outros veem neste cenário uma oportunidade para investir e ganhar clientes.

Para isso, oferecem ferramentas tecnológicas que prometem diminuir os custos das empresas, sem afetar a produtividade.

Entre as opções disponíveis no mercado, estão serviços de secretária remota, atendimento ao cliente automatizado, terceirização de tarefas repetitivas e entregas.

A maior parte desses serviços aproveita o avanço da internet e da computação em nuvem (armazenamento remoto de informações) para criar versões simplificadas dos serviços.

Com isso, pequenas empresas podem acessar serviços que antes eram reservados às grandes companhias, diz Alan Leite, da aceleradora de negócios Startup Farm.

E, com a piora do cenário econômico brasileiro, fica ainda mais forte o argumento de que essas novas empresas têm para vender produtos que geram economia, diz Alessandro Saade, professor da escola de negócios BSP (Business School São Paulo).

Alexandre Borin Cardoso, 37, fundador da Prestus, já tem o seu na ponta da língua. Como as vendas vão ser mais difíceis em 2015, nenhuma empresa pode perder clientes por falta de atendimento telefônico, mesmo fora do horário do expediente, diz.

Para garantir isso a outras companhias, a empresa oferece um serviço de secretárias remotas para atender as ligações. Hoje são 35 secretárias virtuais que atendem 350 empresas 24 horas por dia, sete dias da semana.

Segundo Cardoso, a empresa dobrou seu faturamento no mês de fevereiro em relação ao mesmo mês de 2014. A companhia fatura aproximadamente R$ 2 milhões ao ano e prevê crescer até 60%.

Outro serviço que espera deslanchar é o da Intelipost, que permite uma comparação automatizada do custo de frete em 300 transportadoras.

A companhia, fundada há um ano, atende atualmente 60 lojas virtuais. A meta da empresa é fechar o ano com 300 e atender também lojas físicas e distribuidores.

Gabriel Drummond, 33, cofundador da empresa, explica que cada transportadora possui regras próprias de precificação. A ferramenta identifica, caso a caso, qual produto deve ir com cada prestador de serviço, o que economiza tempo e dinheiro.

“Ideias que geram eficiência sempre terão espaço. Mas, em um ano em que todo mundo espera não crescer, o objetivo de todos fica sendo achar maneiras de arrumar a casa”, diz Drummond.

CAUTELA

Para Saade, da BSP, pequenas e médias empresas devem olhar com atenção o potencial que essas ferramentas têm de gerar economia.

Ele afirma que as empresas devem adotar esses sistemas de modo gradual e cauteloso, levando em conta que cada troca demanda investimento (mesmo que seja apenas de tempo para a adaptação) e pode não funcionar.

“A primeira coisa que se deve observar é o quanto a solução já está funcionando. Você pode contratar start-ups de dois meses ou de dois anos, mas é preciso saber qual a maturidade do serviço que ela oferece”, diz Saade.

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