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Tecnologia para vender e conhecer melhor o cliente

por: Afonso Bazolli
fonte: Valor Econômico
10 de setembro de 2014 - 18:06

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Por: Adriana Mattos

Esqueça qualquer sentido de privacidade na hora da compra. Até mesmo no provador, o consumidor já tem companhia. Empresas de varejo e de tecnologia andam juntas na criação de sistemas e equipamentos que tentam facilitar o processo de compra – e, por tabela, reúnem informações sobre o comportamento do consumidor.

Na maior feira de varejo do mundo, promovida pela National Retail Federation (NRF) em Nova York, com cerca de 30 mil inscritos de 80 países, empresas de softwares e hardwares mostram produtos criados para o consumidor comprar mais, de forma mais rápida, e gerando dados.

Para ajudar o consumidor a escolher roupas e sapatos, a Motorola Solutions apresentou na feira uma espécie de scanner inteligente. Após escolher o produto na loja, o cliente entra no provador, e um leitor de informações, preso à parede, lê a etiqueta da mercadoria. Em uma tela de cinco polegadas, a máquina (conectada à internet) sugere composições, acessórios e indica como a roupa pode ser usada. Pela mesma tela, é possível enviar a foto da roupa para amigos pelas redes sociais e pedir sugestões.

O “dressing assistant” (algo como ajudante para vestir roupas), com essas funções completas, só tem sido usados por redes americanas – a varejista de moda CWonder, com 30 lojas, tem o equipamentos em provadores em Nova York.

A Lojas Americanas, no Brasil, usa um aparelho semelhante, instalado em áreas das lojas, mas apenas com a função de ler o código da etiqueta do preço. “Há espaço para o desenvolvimento dessas soluções no Brasil, mas é algo ainda muito reativo, que parte da exigência do consumidor de um melhor ambiente de compra para que, então, a loja busque a nova tecnologia”, disse Paulo Cunha, presidente da Motorola Solutions Brasil.

Quem compra a roupa e usa os recursos do aparelho acaba deixando informações sobre seu gosto pessoal para trás no sistema da loja. A ideia é que, em alguns, anos, com essa informações armazenadas, o varejo possa, por exemplo, enviar uma mensagem eletrônica ao cliente com sugestões relacionadas à roupa ou ao sapato adquirido.

A IBM apresentou um sistema de monitoramento batizado de “personal digital convergence” que mapeia a loja e aponta o departamento (higiene, limpeza ou perecíveis, por exemplo) que registra maior concentração de consumidores. Isso é possível se os clientes, ao entrarem na loja, entrarem na rede wi-fi e permitirem que a loja acesse suas informações pessoais.

Com base na circulação de clientes, o varejista consegue enxergar quais departamentos estão às moscas, quais estão com mais clientes e, então, remanejar a equipe de vendas. Isso em tempo real. Durante a feira, delegações de filiais da IBM foram conhecer o novo sistema.

Alguns desses novos sistemas desenvolvidos em parceria com varejistas já estão sendo vendidos para varejistas nos EUA, na Europa e no Brasil. A Motorola Solutions, por exemplo, vendeu para redes que operam no mercado brasileiro uma espécie de crachá inteligente. Foram vendidos no país, no último ano, mil equipamentos. A rede de atacado Assaí, do Grupo Pão de Açúcar (GPA), já utiliza esses crachás, diz a Motorola.A rede de atacado Assaí, por exemplo, já utiliza esses crachás, informou a Motorola.

O crachá fica pendurado no pescoço do funcionário, como se fosse uma câmera fotográfica digital, e ajuda, entre outras coisas, a acompanhar o trabalho dos empregados. Estes podem acessar sua própria lista de tarefas na tela, e os chefes conseguem monitorar o andamento do trabalho.

Outro produto, lançado há dois anos, foi apresentado na feira pela British Telecom: o “trace for retail”. Trata-se de uma espécie de scanner que, ao ser apontado na direção das gôndolas, consegue registrar todos os produtos existentes nas prateleiras, em quantidade e nome dos itens. É usado para acelerar a elaboração de inventários.

Ganhos de escala são fundamentais para baratear essas tecnologias, com menor presença em países da América Latina do que nos Estados Unidos. Para Leonardo Junco, gerente regional de produtos da Motorola Solutions, não é um questão só de preço que impede o avanço dessas soluções nos países latinos. “Há alguns produtos que se pagam em seis, doze meses. Então, não é só preço, mas uma questão cultural, de hábito. O que há hoje é que as lojas estão sendo obrigadas a avançar com essas tecnologias porque há uma demanda do cliente e porque as tecnologias trazem novas informações sobre consumidor”.

A repórter viajou a convite da Motorola

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