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Por que a maioria das empresas tem vagas que não conseguem preencher?

por: Angelica Balthasar
em: Vagas
fonte: Valor Econômico
13 de agosto de 2013 - 17:02

No-brasil-maioria-das-empresas-tem-vagas-que-nao-conseguem-preencher-televendas-cobranca

Por: Letícia Arcoverde

A maioria das empresas brasileiras tem vagas abertas que não conseguem preencher – e sofrem impacto negativo por causa da dificuldade de encontrar profissionais qualificados. A conclusão é de uma pesquisa do site de carreiras americano CareerBuilder, que mediu o tamanho da escassez de talentos e seus efeitos nas dez maiores economias do mundo.

Os Brics lideram entre os países onde as empresas mais sofrem com a falta de mão de obra qualificada. Depois da China, o Brasil fica em segundo lugar, com 63% das companhias indicando que possuem vagas abertas que não conseguem preencher, pois não encontram os profissionais certos. No país, vagas das áreas de tecnologia da informação, produção e serviços são as mais difíceis de serem fechadas.

No Brasil, 74% dizem que a falta de profissionais para preencher posições abertas tem impactos negativos na empresa – entre eles qualidade do trabalho reduzida, impacto na moral da companhia e maior índice de rotatividade. Novamente, o país só perde para a China. Quase 40% das empresas brasileiras reportam perdas na produtividade decorrentes da falta de profissionais qualificados. Mas quando o assunto é receita ou a capacidade de fazer o negócio crescer, o Brasil parece conseguir fazer mais com menos: é o país que menos reporta esses problemas, que afetam apenas 15% das empresas, no caso de perdas na receita, e 19%, no crescimento dos negócios.

Globalmente, seis mil gerentes de recursos humanos participaram da pesquisa. Países europeus como Itália, Reino Unido e Alemanha, além do Japão e dos Estados Unidos, são os que menos apresentam vagas disponíveis – em todos, o problema da falta de mão de obra foi apontado por menos de um terço das companhias. Ainda assim, essas economias dizem sentir o impacto negativo de não encontrar profissionais qualificados. Na Itália, por exemplo, enquanto apenas 18% dizem ter vagas abertas, 55% sentem efeitos negativos da falta de talentos.

Para Matt Fergunson, presidente da CareerBuilder, os resultados mostram como é crítico que os setores público e privado e instituições de ensino trabalhem juntos para formar mais pessoas com habilidades demandadas. “A incapacidade de achar profissionais com alta qualificação pode ter um efeito cascata reverso, impedindo a criação de posições que exigem menos qualificação e travando o desempenho da empresa e a expansão econômica”, diz.

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Comentários (6)
  1. Também sou partidário dos que acham que a falta de “qualificados” é decorrência de várias variáveis e não somente de nós que não conseguimos acesso a uma boa instituição p.ex.
    Na minha experiência profissional percebi que fatores como: 1.falta de politica de cargos/salários (se houvessem aumentos gradativos conforme certificados de treinamentos/cursos p.ex. inglês = up de 5%, pos graduação = up de 8% e assim por diante e não depois de 10 anos justificarem que o colaborador merece mas não tem como darem 30% de aumento !!!???; 2. não existência/possibilidade para cargos de chefias/gerencias a todos, ou seja, há limitação vertical que desmotiva qualquer cidadão que “dá o sangue” diariamente. Ao contrário, se houvessem maiores possibilidades horizontais com reconhecimentos dos trabalhos/projetos realizados/cumpridos => devido essa condição de chegarem ao máximo nível antes de chefia/gerencia (que possuem boas vantagens $$$, cursos, ajudas de custo, etc) e não receberem “feed back” sobre o futuro saem à procura de novas oportunidades…e o resultado é perda de “know how”, desmotivação de todos pois não querem ser o próximo, reposição desses por outros que possuem menos tempo/qualificação dando origem ao noticiário que falta gente qualificada.
    Acho sim que falta mão de obra humilde, motivada, remunerada descentemente, e o que se vê é somente a brincadeira das cadeiras com a chegada da famosa geração “Y” que nós da geração “X” criamos enquanto estávamos preocupados em criar os tablets, internet, celulares, Ipods, Iphones, etc…
    Sem contar a “farra” das multinacionais que instaladas nos Brics “precisam” nessas épocas de crises enviar divisas (cortar custos???) para as matrizes…
    (Desabafo de alguém que está à procura de nova oportunidade com muita experiência mas que ninguém dá a mínima chance…todas as empresas e de RH/recrutamento também estão usando a politica da “tolerância zero”)…e nos bastidores os chineses chegando e a indústria nacional “sendo cozida”…

    Claudio Yukio em 15 de agosto de 2013 - 12:00
  2. Falta nada, sou da área de TI estou a mais de um ano desempregado, tenho pós graduação, certificações gastei tudo que podia para estudar tenho experiência mais de 10 anos de TI, sou humilhado por nojentos de empresas exploradoras, sou de Curitiba espero uma empresa boa que tem aqui abrir vaga a mais de um ano, o salário é baixo, sou formado pela UFPR, que falta mais ??

    João em 15 de agosto de 2013 - 07:35
    • Na minha opinião existe falta de mão de obra na área de recrutamento e seleção. Hoje o que vemos são processos seletivos roteirizados ou em alguns casos processos seletivos longos e cheios de etapas, pra somente no final, você descobrir que o salário oferecido não condiz com todas as exigências. O que eu acho engraçado é que empresas que pagam bons salários, tem bom plano de carreira e benefícios profissionais (digo benefícios quanto a flexibilidade de horário, autonomia etc..) não possuem esta escassez de mão de obra, pelo contrario, quando há recrutamento pra uma vaga, estas empresas ainda conseguem fazer um pipeline de mais 3 ou 4 candidatos que teriam capacidade de suprir a vaga em aberto.

      Julia em 26 de agosto de 2013 - 19:26
  3. Existem sim dificuldades na contratação de profissionais mais qualificados (profissionalizado), precisamos de mais técnicos especializados em vários setores, inclusive em serviços. Por outro lado os mais jovens “querem” uma acensão rápida (tem presa), ficam pouco tempo em uma empresa, já os experientes são muitas vezes “descartados” pelo mercado. Empresários estão buscando estes “maduros” para mesclar nas equipes, também aposentados para ensinar e treinar novos profissionais, parabéns. Fraterno abraço.

    Edison Nascimento Webster em 14 de agosto de 2013 - 19:53
  4. Existe carência de profissionais, existe! A preparação educacional e profissional do Brasil limita quem será um bom ou não tão bom profissional. O gestor que visa seu capital humano como “custo” terá sérios problemas na sua administração, existe empresas que investem no profissional, oferecendo cursos e qualificações, essas estão se destacando no mercado, e se destacam por terem equipes motivadas com perspectivas de crescimento, aprendizado e claro bons salários.

    Lucas Feriato em 14 de agosto de 2013 - 16:48
  5. Essa pesquisa está mal formulada até porque, exitem uma infinidade de pessoas com qualificações além do que as empresas pedem, o problema é que, as empresas desejam obter gente com “x” de diplomas, com “Y” de experiencias mas pagar salario com não consiste com a realidade da situação, ou seja, salario de iniciante e não de pessoas com experiencias.
    No linkedin encontrei um rapaz onde reclama de uma empresa na qual a esposa se candidatou e, ela tinha tudo o que a empresa pedia, mas desejava pagar um salario de estagio e, a vaga não era de estagio e sim, efetiva.
    O que falta é vergonha na cara dos recrutadores e, principalmente dos donos das empresas em desejar pegar pessoal extremamente qualificado para trabalhar demais, por meno$.

    Rodney Peck em 14 de agosto de 2013 - 09:55

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