set
18

Como o F.C Barcelona consegue vender pelo Facebook?

por: Afonso Bazolli
em: Vendas
fonte: Venda Mais
18 de setembro de 2012 - 0:04 - atualizado às 0:08

Como-o-F-C-Barcelona-consegue-vender-pelo-Facebook-televendas-cobranca

Por: Evelise Toporoski

O Brasil tem 37 milhões de usuários no Facebook (segundo dados da própria rede social) e se tornou o segundo país com mais perfis cadastrados no mundo. Os brasileiros ficam, em média, sete horas conectados e aproveitam a rede para se relacionar, avaliar produtos, serviços e ações de marketing. É o movimento que Chris Anderson, autor de A cauda longa previu, no qual hoje “as formigas têm megafone”, ou seja, as redes sociais dão a qualquer consumidor um poder de repercussão imenso. Por exemplo, você pode ter em média 300 amigos no Facebook e postar uma foto de um produto com um defeito, descrevendo sua insatisfação. Amanhã, essa foto poderá ter sido compartilhada por 10 mil pessoas que você nunca viu, de todas as partes do Brasil ou do mundo.

Já há muita experiência em exigir os direitos do consumidor, mas quantas ações de vendas você já viu nessa rede social? Você, vendedor, quantos produtos já conseguiu negociar pelo Facebook? Mesmo dominando a rede em muitos aspectos, ainda faltam ações e investimento de venda para esses 37 milhões de usuários. Depois de ler esta matéria, a expectativa é que você esteja um passo a frente da tendência que está chegando ao Brasil, de aproveitar as informações dispostas na rede para aumentar suas vendas.

Como o Barcelona consegue?

O Barcelona, equipe espanhola de futebol, é dono da página relacionada a esporte no Facebook com mais fãs no mundo, ultrapassa os 33 milhões (até o fechamento desta edição), os quais já são usuários de um aplicativo gratuito chamado FCB Alert. Nele, há jogos, pesquisas envolvendo torcedores, conteúdo multimídia e, principalmente, ofertas exclusivas de produtos do time. O usuário acessa um conteúdo semelhante a um site sem sair do Facebook.

A empresa criadora do FCB Alert é a MicroStrategy, líder em soluções de business intelligence e social intelligence, que criou a possibilidade de a empresa se envolver de maneira mais profunda com sua base de fãs na rede social. O objetivo é atingir um número maior de pessoas de diferentes regiões geográficas e culturas que, de alguma forma, já buscaram a página do Barcelona.

Para Flavio Bolieiro, vice-presidente da MicroStrategy na América Latina, essa é uma maneira de proporcionar um CRM social. “Você pode conhecer profundamente quem é seu cliente ou seu prospect e entender qual é o interesse dele, e no Facebook já estará tudo mapeado. A grande vantagem é a possibilidade de cruzar os dados da informação dos fãs com a base de clientes”, observa Bolieiro.

Há outras vantagens dessa ferramenta de marketing no Facebook. Uma é que você vai atingir um público qualificado que já tem interesse em seu produto ou serviço, pois voluntariamente se tornaram fãs de sua página. Outra é que você não precisa atualizar os dados de sua base de fãs, eles mesmos atualizarão a todo momento se estão solteiros, casados, se mudaram de cidade, etc. “Nossa proposta é, acima de tudo, criar foco. Aumentar o retorno de uma campanha de marketing em função de conhecer melhor os clientes e produtos e saber melhor o que os clientes desejam, para depois fazer uma campanha direcionada a eles”, explica o vice-presidente da MicroStrategy. Ao instalar o aplicativo em sua página, cada usuário que clicar no botão “Curtir” estará ciente de que seus dados poderão ser acessados, como faixa etária, sexo, estado civil e também do que ele gosta, como filmes preferidos, a que tipo de eventos assiste, se prefere tênis, futebol ou vôlei. Existe um aplicativo gratuito que mensura isso em seu perfil pessoal. Basta entrar no site www.wisdow.com e baixá-lo gratuitamente. Nesse mesmo site há outra opção voltada para empresas, que pode ser testada gratuitamente por 30 dias.

Ainda não há no Brasil uma empresa que invista em uma ação tão estruturada como a do Barcelona. Flavio Bolieiro acredita que os profissionais de marketing ainda estão em uma fase de defesa, rastreando o que os consumidores estão falando de negativo sobre a marca. Entretanto, como nessa área tudo acontece muito rápido, o vice-presidente da MicroStrategy acredita que assim que uma empresa alcançar sucesso, aparecerão outras com a mesma intenção.

O especialista prevê que a tendência para campanhas de marketing seja focar cada vez mais um público qualificado, diferentemente do que acontece com a utilização do marketing direto, que tem um retorno médio abaixo de 3%. É buscar o que se chama hoje de marketing de permissão, atrair a curiosidade do consumidor até a sua marca e não interrompê-lo em suas atividades, como com um banner na tela que não para de piscar ou ligações em horários inoportunos.

Comece por você

Além de ter um perfil pessoal ou uma página divulgando seu produto ou serviço, você sabe quais outras ferramentas de baixo custo podem ser utilizadas para conseguir mais clientes e iniciar um canal de vendas pelas redes sociais? Sergio Akash, publicitário e CEO da Zarabatana Digital, ensina quatro ferramentas para melhorar a sua exposição:

  1. Defina seu alvo
    Antes de começar a transmitir alguma mensagem, você tem de saber para quem irá direcioná-la. Isso pode ser feito por meio de uma pesquisa off-line, com os clientes que a empresa tem contato. O perfil de clientes que você definir nessa pesquisa ou em uma observação é o mesmo do mundo virtual. Uma boa identificação dos traços de comportamento e consumo do público-alvo ajuda a identificar os meios e canais pertinentes para a divulgação.
  2. Mídia de performance
    São mídias pelas quais você só paga se obtiver algum retorno. Se você atua como vendedor ou representante comercial, esse pode ser um bom negócio, pois não exige alto investimento nem apresenta riscos. Por exemplo, você compra um espaço publicitário em um site e, em vez de pagar pela quantidade de vezes que ele aparece, paga somente pelos cliques que ele recebe, pela quantidade de cada visualização do site ou pelos contratos que ele gera. Hoje, quem oferece bem esse serviço é a Google, com a plataforma Google AdWords, também chamada de links patrocinados. Nela, é possível veicular anúncios de texto ou gráficos. São bannerspublicados em outros sites que aceitam a plataforma da Google.Sergio Akash cita um cliente de sua empresa, a Hicom, que fez uma campanha de links patrocinados com foco em venda de serviço no Rio de Janeiro. Depois da divulgação, houve um aumento de 60% de visitas no site e conversão em clientes. “Eles chegaram a pedir para a gente parar a campanha por um tempo porque precisavam se reestruturar para atender mais clientes”, lembra Akash. Quando começou a investir nessa mídia, a empresa tinha apenas quatro meses. Outra empresa para a qual esse investimento deu certo foi a Dr. Faz, um site que agenda consultas médicas on-line. Os links patrocinados correspondem a 80% dos acessos atualmente.

    Para que seu banner seja publicado em um site com mais probabilidade de atingir seu público-alvo, é importante investir no tópico a seguir:

  3. Palavras-chave
    Você escolhe algumas palavras e alguns termos que mais têm a ver com seu negócio, que tipo de necessidade seu produto ou serviço atende, ou seja, como as pessoas procuram sua empresa no Google ou em qualquer outro site de busca. O importante é saber apontar bem as palavras que representam o próprio produto ou serviço. Termos abrangentes demais podem resultar em muitos acessos e gerar um preço por clique mais barato, mas a qualidade de acessos é baixa e não gera a conversão esperada.Por exemplo: você tem um restaurante de comida vegetariana no bairro Botafogo, no Rio de Janeiro. Se colocar como palavras-chave “restaurante rio de janeiro”, terá um volume imenso como resultado de pesquisa. Porém, se o cliente estiver procurando por um restaurante no Centro, este já não o interessará. Se colocar “restaurante Botafogo” como palavras-chave, atrairá pessoas mais específicas em busca dessa região, mas, se elas quiserem comer carne, ainda não estarão satisfeitas com o resultado da busca. Então, se colocar “restaurante vegetariano Botafogo”, atingirá o público certo. “Isso vai gerar um volume de pesquisa muito mais assertivo. Vai captar um número muito menor, mas a quantidade de negócios será maior porque o conteúdo que oferece é altamente relevante para esse público, pois é o que ele procura”, analisa Akash.

    Não existe uma fórmula exata para descobrir quais palavras-chave têm mais a ver com sua empresa. Sergio Akash sugere um brainstorm com cerca de 40 termos para que os 10 mais utilizados permaneçam. É melhor ter menos palavras-chave que tragam o público certo para seu site do que termos muito abrangentes que não gerem resultados.

  4. Facebook Ads
    Esta mídia é semelhante ao Google AdWords, pois a cobrança também acontece por clique. A diferença é que não se utilizam palavras-chave, trabalha-se por interesses, pois, como já abordamos, o Facebook permite uma segmentação demográfica e por interesses.Outra vantagem é que o anúncio no Facebook permite que ele apareça para os amigos daquelas pessoas que já estão interessadas no produto. Por exemplo, se tenho uma página de esportes com 300 pessoas curtindo, eu posso fazer um anúncio só para os amigos dessas pessoas e impactar prospects com perfis semelhantes. “Se ele tem interesse sobre o meu produto, é bem provável que conheça outras pessoas com o mesmo gosto. Isso é um segundo caminho que o Facebook Ads permite”, esclarece Sergio Akash.

    Mais um ponto positivo é a possibilidade de promover não apenas a marca, mas o conteúdo da página. Você atrai novos contatos por causa do conteúdo que disponibiliza, e não apenas pelo apelo da marca. “Isso é acessível a qualquer empresa. Há um tempo, antes do Google AdWords ou do Facebook Ads, falar em branding para micros e pequenos empreendedores até era possível, mas não era uma coisa tão real, não tão próxima, porque era muito caro. Nesse caso específico, o Facebook ‘quebrou’ isso. A partir do momento que promove um conteúdo, você está promovendo uma grande marca”, observa o especialista.

Dinheiro

O Facebook costuma cobrar valores fixos no alcance (que já é garantido), que vai de 10 a 1.000 dólares. E aí, o que você está esperando para fazer login em seu Facebook e começar a investir?

Título Adaptado do Original: “Use o Facebook para vender”

CADASTRE-SE no Blog Televendas & Cobrança e receba semanalmente por e-mail nosso Newsletter com os principais artigos, vagas, notícias do mercado, além de concorrer a prêmios mensais. Neste mês de inauguração nosso prêmio será um Ipad 2!

» Conheça os colaboradores que fazem o Blog Televendas e Cobrança.

Gostou deste artigo? Compartilhe!

1 Comentário
  1. moro no brasil e sou adepto do barça a mais de 30 anos gostaria de ganhar uma lembrança do barça. obrigado

    augusto antonio gomes simoes em 21 de novembro de 2012 - 14:15

Escreva um comentário:

[fechar]
Receba as nossas novidades por e-mail:
Cadastre-se agora e receba em seu e-mail:
  • Notícias e novidades do segmento de contact center;
  • Vagas em aberto das principais empresas de Atendimento ao Cliente;
  • Artigos exclusivos sobre Televendas & Cobrança assinados pelos principais executivos do mercado;
  • Promoções, Sorteios e muito mais.
Preencha o campo abaixo e fique por dentro das novidades: