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01 de dezembro de 2015 - 18:15

Especial-cms-85-4-dos-inadimplentes-ja-estao-negativados-aponta-pesquisa-do-instituto-geoc-televendas-cobranca

“Falta muita educação financeira”, concluiu Jair Lantaller, CEO da Novaquest e diretor do Instituto Geoc responsável pela pesquisa Voz do Consumidor, que apontou os reflexos da crise na inadimplência. Os resultados do levantamento foram apresentados com exclusividade no 11º Congresso de Crédito e Cobrança, realizado pela CMS People, em São Paulo.

Entre 1º e 27 de outubro, 250 mil pessoas foram entrevistadas pela NetQuest, em que 85,4% afirmaram ter dívidas em atraso já estão negativados e 33,1% afirmaram não ter condições de quitar débitos antes de 2017.

Vale chamar atenção ainda para 46,7% dos inadimplentes que disseram desconhecer o atual valor da dívida, enquanto 22,2% ainda não sabem como pagá-las.

A pesquisa mostrou ainda que os brasileiros priorizam as contas de serviços essenciais: 80,2% jamais atrasam o pagamento das contas de água, luz e telefone. O cartão de crédito também tem recebido atenção: 61% dos entrevistados afirmaram que nunca pagam apenas a parcela mínima do cartão. E a principal estratégia adotada para quitar dívidas será a negociação, momento em que 42,7% pretendem obter descontos.

Em relação ao comportamento do devedor, o e-mail sagrou-se como o canal preferido de contato de 55,6% dos participantes, enquanto 68% dos entrevistados afirmaram que não gostariam de receber cobrança pelas redes sociais.

Os dados da pesquisa preocuparam Ricardo Loureiro, sócio e conselheiro do Bom pra Crédito. “Temos um terço dos entrevistados que dizem que não vão pagar as dívidas. Como cobraremos esses clientes? Eu não sei”, questiona.

Efren Nunes, diretor de Crédito, Cobrança e Serviços Financeiros na Cyberlar, acredita que o agravante na inadimplência resulta de erros no orçamento do consumidor. “Observamos que existe, mesmo nas classes menos favorecidas, um planejamento. Porém ele é equivocado, pois não há planejamento de longo prazo. As dívidas e os custos fixos sobem antes do reajuste salarial, então consumidor costuma comprometer todo o rendimento sem fazer uma poupança para margem de manobra”, avalia.

Já para Cristiano Ayres de Figueiredo, CEO da Globalcob, o erro está nas próprias instituições financeiras. “A inadimplência sempre surge por erro de avaliação de crédito no mercado e pagamos mais do que deveríamos pagar por isso. No caso do consumidor, educação financeira não se ensina, se experimenta”, observa.

Enquanto Nunes defende que as grandes soluções surgiram nos momentos de crise e que há oportunidades internas de crescimento no mercado, Figueiredo acredita que a maior oportunidade desta crise será entender o que está acontecendo com o consumidor. “É um momento rico para fazer pesquisas e entender o que leva o consumidor à inadimplência. Temos de trabalhar cada vez mais próximos ao cliente, pois não adianta ter informação e inteligência estabelecidas se o credor não estiver disposto a reduzir a margem de lucro”, avalia.

Ricardo Loureiro também defende a redução do lucro nas negociações e vê nos feirões de negociação uma ótima para estimular a sociedade a lidar melhor com o dinheiro. “Precisamos fazer com que as pessoas não tenham medo do crédito, mas que o utilizem a seu favor”, conclui.

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