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Santander, enfim, exibe calote menor

por: Afonso Bazolli
em: Cobrança
fonte: Valor Econômico
01 de agosto de 2013 - 22:23

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Por Thais Folego e Carolina Mandl

O nível de calotes na carteira de crédito do Santander Brasil finalmente cedeu no segundo trimestre deste ano, o primeiro recuo desde o quarto trimestre de 2010. Com isso, o banco diminuiu as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD), o que não foi suficiente para segurar o resultado do banco, que apresentou recuo devido à queda das margens financeiras.

O Santander Brasil lucrou R$ 500,1 milhões de abril a junho deste ano, uma queda de 9,73% ante igual período de 2012 e um recuo de 17,8% em relação ao primeiro trimestre. O lucro gerencial, que inclui o ágio da aquisição do banco Real, ficou em R$ 1,41 bilhão, com retração de 3,68% em 12 meses e queda de 7,2% no trimestre. O resultado veio um pouco acima do projetado por analistas ouvidos pelo Valor, que era de ganho de R$ 1,274 bilhão.

A boa notícia ficou por conta da queda da inadimplência. Em coletiva com a imprensa, o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, disse que o segundo trimestre foi um ponto de inflexão para o índice de inadimplência da carteira de crédito do banco.

A inadimplência acima de 90 dias fechou o trimestre em 5,2%, com uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre, mas ainda uma alta de 0,4 ponto em 12 meses. O recuo foi puxado pela pessoa física, cuja taxa recuou 0,2 ponto em 12 meses e 0,9 ponto no trimestre, para 7,1%.

Entre as instituições privadas, o Santander era o único entre os três maiores bancos listados em bolsa que ainda não tinha apresentado melhora na qualidade dos ativos, o que os outros bancos mostraram ao longo do ano passado.

Para a frente, as perspectivas para o indicador são positivas, segundo o banco. “A qualidade das novas safras de crédito indicam novas melhoras [na inadimplência]“, afirmou Carlos Galán, vice-presidente financeiro do Santander.

A melhora na qualidade dos ativos deu uma folga para as despesas com provisões para devedores, que recuou 15,9% em relação ao mesmo período de 2012, totalizando R$ 3,2 bilhões. Além da melhora da inadimplência, a queda também decorreu do maior esforço nas recuperações de crédito.

Já a má notícia ficou por conta da margem financeira bruta – o ganho dos bancos com juros -, que continua caindo e pressionando o resultado do banco. Esse indicador vem sendo bastante afetado pela mudança de mix da carteira de crédito do Santander, que tem migrado para produtos com menores spreads e risco. O spread de crédito caiu 1,9 ponto percentual em 12 meses, para 10,8%.

Segundo Galán, essa tendência deve se normalizar daqui para frente. “A partir de agora, [a queda do spread] deve ser algo mais gradual”, disse o vice-presidente financeiro. A margem financeira bruta do Santander Brasil apresentou uma queda de 11,2% em 12 meses terminados em junho, para R$ 7,438 bilhões. Frente ao primeiro trimestre, o indicador encolheu 2,9%. Galán explicou que três quartos da queda de margem se deve à mudança do portfólio de crédito.

A carteira de crédito do banco cresceu 6% na comparação anual. Descontado o impacto da variação cambial sobre operações de pessoa jurídica, o avanço foi de 5,1%. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito do sistema bancário brasileiro cresceu 16,4% em 12 meses terminados em junho, avanço puxado pelos bancos públicos. O estoque dos bancos privados estrangeiros, caso do Santander, avançou 6,7% no mesmo período, ainda segundo o BC.

A carteira de empréstimos a empresas do Santander Brasil cresceu 8,6% no trimestre – com o crédito rural (+60,5%) e imobiliário (+14,5%) na ponta positiva e os repasses (-7,4%) na negativa -, enquanto a de pessoa física avançou 5%. Nessa carteira, destaque positivo para os empréstimos imobiliários (+30,6%) e negativo para o crédito pessoal (-2,5%) e consignado (-3,7%). Segundo Galán, o banco espera terminar 2013 com uma expansão de 9% na carteira de crédito ampliada, que inclui avais, fianças e títulos como debêntures. Esse é o ritmo que o Santander alcançou até junho, quando o estoque ampliado de crédito atingiu R$ 266,7 bilhões. Em relação a março, a alta foi de 3,8%.

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