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18 de outubro de 2018 - 18:09

A-culpa-da-geracao-mimimi-nao-e-da-geracao-mimimi-por-ubiratan-dib-televendas-cobranca

Amigos leitores, é bem possível que vocês tenham estranhado a chamada deste texto. Explico: de todas as buscas que eu fiz na internet, a maioria dos artigos e vídeos publicados comenta sobre a falta de protagonismo e das reclamações incessantes dos jovens brasileiros, também conhecidos hoje como millennials ou geração Y, que nasceram nas décadas de 1980 e 1990.

Como eu trabalho com público jovem já há muito tempo e venho estudando com afinco obras que tratam sobre comportamento humano em conjunto com séries psicológicas voltadas para educação dos filhos, cada vez mais eu tenho chegado a uma conclusão que discorda em grande parte desta teoria criada do ‘mimimi’: a culpa não é exclusivamente deles!

Explico melhor: uma expressiva massa da geração X, compreendida pelos nascidos entre as décadas de 1960 e 1970, da qual faço parte, teve uma infância e adolescência com muitas privações materiais, além da educação mais severa dos pais ou tutores, quando o mundo vivia ainda um clima maior de repreensão e uso da violência. Com a vida mais dura, os jovens começavam a trabalhar mais cedo, sendo obrigados a amadurecer precocemente, porém, tiveram mais oportunidades que seus pais ou tutores para estudarem e se especializarem em suas respectivas áreas de atuação.

Com o passar do tempo, estes agora adultos geraram filhos e uma grande fração destas pessoas passou a ter a seguinte filosofia de vida para a paternidade/maternidade: vou dar tudo do bom e do melhor para o meu filho e ele não vai precisar passar pelas dificuldades que eu passei!

Onde quero chegar com esta afirmação: a minha geração quis dar do bom e do melhor para os seus filhos sob o aspecto material, mas deixou muito a desejar sob o aspecto do encorajamento para a vida e do incentivo à convivência com as pessoas, criando uma rede de proteção ou “bolha” para que eles não experimentassem nenhum tipo de sofrimento ou angústia.

De tudo o que eu tenho lido sobre a responsabilidade dos pais sobre a educação dos filhos, um ponto converge para uma única direção: nós, pais, temos obrigação moral de mostrar aos nossos filhos como enfrentar a vida de forma gradativa de acordo com a sua idade, dando exemplos de como lidar com as frustrações, de respeitar o próximo, a dar valor a cada conquista, de fazer cobranças sem uso de chantagens, e talvez o principal: valorizar e respeitar o conhecimento das pessoas mais vividas e experientes.

Não se trata de uma fórmula pronta para entregar o seu filho ao futuro mercado de trabalho e obter sucesso. É demonstrar a ele que tudo na vida possui etapas ou fases, e que não adianta querer antecipar o caminho através dos impulsos, pois irá gerar enorme sofrimento, como uma obra que visa deixar linda a fachada de um prédio, mas sem dar prioridade para as bases estruturais, onde o desfecho geralmente é desastroso.

Mas o que fazer agora com os millennials que estão chegando ao mercado de trabalho com este misto de sentimentos de proteção que receberam em todo seu processo de aprendizagem doméstica? Em minha opinião, é importante o diálogo sincero, a motivação, o afeto e a demonstração contínua de que ele é peça-chave para a conquista dos resultados pretendidos.

Por fim, vamos dar toda a atenção necessária que os nossos jovens precisam, afinal de contas, se quisermos uma nação melhor para a nossa velhice, será com eles que poderemos contar.

Abraços e até a próxima!

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