
Todo mundo sonha com um chefe gente boa – mas o que pouca gente sabe é que isso pode ser desastroso para a sua carreira. Leia e entenda o porquê
Por: Rodolfo Araújo
De um lado o funcionário descreve, entusiasmado, seu chefe como gente boa, compreensivo e sempre disposto a ajudar no que for preciso. Do outro, contudo, a opinião se inverte: o subordinado é, segundo o chefe, relapso e preguiçoso, embora tenha potencial.
Este situação, extremamente comum nas empresas, esconde perigosas armadilhas por baixo do clima de aparente cordialidade: um chefe pouco exigente que prefere apagar os incêndios do seu funcionário, em vez de contribuir para sua evolução profissional.
Já se sabe que é impossível evoluir sem feedback, simplesmente porque para melhorar em algo é preciso ter uma indicação clara sobre o próprio desempenho – e esta é uma das funções do chefe.
Em algumas empresas, no entanto, determinadas interações são desestimuladas e, assim, conversas importantes são varridas para debaixo do tapete.
Como Shackleton percebeu exatos 100 anos atrás, evitar o conflito não resolve o problema, apenas esconde esqueletos no armário que, com o passar do tempo e o acúmulo de novos atritos, podem transformar-se em verdadeiras assombrações.
É claro é desejável que os chefes (e não somente eles!) sejam compreensivos e prestativos, mas não a ponto de tratar seus funcionários como incapazes – com explica Amy Gallo em When Your Boss Is Too Nice. O problema é que muitos chefes – especialmente os mais inexperientes – incorporam uma personalidade gente boa em busca da aprovação de seus liderados e acabam, assim, perdendo o foco de seu verdadeiro papel na organização.
Deixemos claro, contudo, que dificilmente um chefe faz isso de propósito e raramente percebe que está sendo condescendente demais. E assim como um funcionário não consegue avançar se não tiver feedback, o mesmo vale para o chefe.
Se for o seu caso, tenha uma conversa franca com seu chefe. Reconheça, em primeiro lugar, que ele tem a melhor das intenções ao poupá-lo de determinados assuntos, mas que você gostaria de participar mais e que está ciente dos riscos envolvidos. Explique, ainda, que você considera os inputs necessários ao seu desenvolvimento e que está disposto a ouvir as críticas.
Mas se este tipo de conversa for impraticável, você ainda pode buscar o feedback necessário junto aos seus pares. Forme uma rede de colegas dispostos a se ajudarem mutuamente no que diz respeito às informações necessárias.
O que você não pode aceitar é deitar-se calmamente em sua rede de conforto, embalado por um chefe igualmente omisso, enquanto sua carreira dorme um sono profundo, estagnada para sempre.
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Os feedbacks são os termometros que medem o nivel de entendimento e alavanca o crescimento dos profissionais respeitando a hierarquia nas organizações e na relação superior e subordinado; então o feedbacks è o chamado jogo aberto e transparente conciliando amizade pessoal e responsabilidade profissional. Vamos em frente etc.
Excelente!! Os feedbacks são importantíssimo, não somente para a nosso crescimento, como também mostrar onde falhamos e assim agir para a melhoria contínua. o PDCA que toda a empresa pratica, algumas menos e outra seguem a risca. Um bom chefe deve sempre pronto para interagir com os feedbacks.