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O rato comeu o queijo…Matem o cachorro!

por: Erdel Santos
em: Gestão
fonte: Redação
17 de dezembro de 2012 - 18:24

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Você realmente ataca o real ofensor dos problemas que enfrenta?

Quando comentei com alguns amigos a respeito do titulo desse artigo no qual estava escrevendo e a minha motivação para escrevê-lo, alguns me disseram após discretas risadas: Posso passar a usar essa frase no meu dia a dia?

Confesso que fiquei pensativo quanto ao motivo de tantos desejarem usar essa frase.

Fiquei me perguntando o que os motivava a isso… seria pelo fato de se sentirem como o “cachorro” da frase ? Muito provavelmente.

Bom, não é raro caro leitor, que nos sintamos como o melhor amigo do homem: o cachorro – às vezes.

Esse ser que é tão venerado como companheiro, amigo, guardião, que ao menor sinal de algo errado na casa, passa a ser o culpado pelo ocorrido.

Como costumo dizer a alguns: de preferido a preterido num piscar de olhos.

Sendo romântico eu diria: Justo ele que balança o rabo quando você chega? Justo ele que defende sua casa com seus latidos ameaçadores aos intrusos? Justo ele que brinca com seus filhos? Justo ele que pega seu jornal ou chinelo – e nunca mais os encontramos novamente… enfim.

Não tenho tanta habilidade em ser romântico, o leitor pôde perceber isso.

Na frase titulo do artigo, imediatamente ao outro lado da cena e ao largo da situação, se fazendo de “morto”, entretanto mais vivo que qualquer canino injustiçado, está nosso caro : rato.

Este sim, um indivíduo que destoa aos da casa, a começar pelo fato que em seu comportamento, não teve convite à entrar na casa. Não foi contado entre os queridos do lar. Não foi separada uma porção da ração para tal. Não foi útil para nenhum dos integrantes do lar. Nem na lista dos simpatizantes e vizinhos ele está. Se vive no lar é por uma questão de inquilinato irregular, ou invasão não declarada.

A este é reputado o que ele deseja para sobreviver e perdurar sua existência como se encontra “nesse lar” : o desprezo; o não fazer questão de encontrá-lo;  as vistas grossas; o não assumir que há um rato na casa – seja não assumir por desconhecimento ou por comodidade.

Quanto mais discreta for a menção “ao rato”, estaremos alongando sua vida no lar em que este está habitando clandestinamente, e portanto infectando.

Nas empresas isso ocorre em muitas vezes. Você leitor já deve ter se deparado ou mesmo ter vivido, uma situação onde por motivo de falhas de terceiros, outros indivíduos foram responsabilizados e culpados. E aqueles que de fato incorreram no erro, sequer foram mencionados e se o foram, quem o fez foi discreto o suficiente, deixando-os cair no esquecimento.

Ou seja, você já viveu ou viu cenas onde “reais ofensores” são protegidos e privilegiados em determinadas situações, seja por quais motivos for. Ao passo que aqueles que estão no time provendo solução, com contribuição efetiva, colaborando, acabam por levar a carga de culpa de algo que não fizeram nem contribuíram para o erro.

A palavra de ordem que parece soar, ao abrir da “geladeira” e a ter constatação de que “há queijo comido” é esta : “ Matem o cachorro “.

Sem entrar no mérito de quem será o suplicio do momento, sem questionar a ética ou a sede de justiça injustamente apontada, pergunto ao leitor algo além desse âmbito que pode ser de falha ética ou motivações políticas dentro de uma empresa:

  • Matar o cachorro resolverá o problema ?

Ou seja, culpar alguém por algo que não cometeu e mais do que isso, conseguir  que o individuo “agasalhe” a culpa que não é sua, resolverá o problema ?

Este é o ponto em que eu desejo refletir: gasta-se muito tempo procurando culpados para Falha A, e Falha B.

Elevam se os níveis de auditoria para verificação onde ocorreram as falhas; e quando encontram pseudos-culpados, estes são condenados às penas baseadas na “conformidade da empresa”.

Tirados de cena esses indivíduos, pergunto a vocês: o problema foi resolvido ou apenas uma cabeça na bandeja, aplacou o desejo de “vingança” para com o negligente comedor de queijo?

Esse ar de vingança que paira no mundo corporativo, todas as vezes em que algo não vai bem, sejam as falhas operacionais, seja falhas de processos, seja baixa rentabilidade de produto A ou B, seja falha sistêmica e demais; bem esse ar de vingança tem prazo de validade e horário para ir embora, caso o comando da empresa, ao punir as pessoas ou áreas erroneamente, não encontre O REAL OFENSOR.

O que quero dizer é que, simplesmente “matar o cachorro” não impedirá outras incursões do rato ao queijo que está guardado. Essa situação continuara ocorrendo e agora não mais terão um “cachorro expiatório” para culparem…e as vezes nem tempo de “salvarem o queijo” de ser dizimado.

Bom ter em mente o seguinte :

  • Gasta-se muita energia para esconder uma falha, mas muito mais energia supondo que houve a correção e não havendo.

A correção de uma falha deve ocorrer quando auditamos e avaliamos com fatos e dados “quem é o REAL OFENSOR”,  e a partir daí mitigando o risco – ou seja, matando ou “despejando o ratinho da sua casa”.

Não atacar a causa raiz, mesmo que você não seja um carrasco do melhor amigo do homem, e nem favorável a “sua morte corporativa”, ainda assim, fará com que você perca tempo e energia…

Além do que, muito provavelmente poderá ocorre que, aqueles que são seus melhores colaboradores, seus guardiões, seus companheiros de casa, aqueles que o protegem dos ataques de fora, “seus fieis amigos da casa”, cansarão de levarem nas costas, as culpas dos “roedores”, e portanto poderão abandonar a casa, ou pior se tornarem indiferentes às suas necessidades.

Por isso, meu conselho a você leitor que é gestor, quando algo der errado novamente, ao auditar uma situação, não permita que concluam que “o rato comeu o queijo… vamos matar o cachorro.”

Não permita. Antes, expulse o rato da sua casa atacando o Real Ofensor da situação. Poupe com isso, dinheiro, tempo, energia e incômodos desnecessários.

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Comentários (3)
  1. Olá! Eu também gostaria de colorir um pouco e fazer uma pergunta. É só o rato que come queijo?, será que o gato tambem não gosta de uma cheiradinha, será que o cachorro não vem atrás do gato?
    Um forte abraço a todos.

    Rosa Emilia Rossi em 13 de janeiro de 2013 - 14:27
  2. Quem realmente é caçador de ratos é o gato. Tudo é uma questão de funções das pessoas certas nos lugares certos. É natural colocar o cão como o defensor mor da casa, mas ele não é o especialista em ratos. Brincadeira, só para colorir a ideia.

    Mario Sérgio de Camargo em 18 de dezembro de 2012 - 11:42
    • Mario, se eu conseguir me conter , agradecerei pelo seu comentário inteligente. rsrs
      A parte principal do seu comentário na minha opinião e, altamente relevate é : “…tudo é uma questão de funções das pessoas certas nos lugares certos.”

      … as vezes , ou nem sempre as funções estão bem delineadas, com as pessoas nos lugares certos. Esse cenário que menciono é certamente, o pior de todos.

      Querendo saber mais sobre funções e reações ligadas a “caes e gatos” sugiro ver o video que está no Youtube do Daniel Godrin – busque por ” Daniel Godrin Cachorro e gato” ou acesse o link : http://www.youtube.com/watch?v=DjINEYQDBCU

      Obrigado por nos premiar com esse comentário.

      Continue lendo nossos artigos e visitando o Blog.

      Abçs,

      Erdel Santos

      Erdel Santos em 18 de dezembro de 2012 - 16:56

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