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17 de março de 2015 - 18:15

Porque-geramos-turn-over-nas-operacoes-de-cobranca-por-daisy-blanco-televendas-cobranca

Mesmo com o mercado de recuperação de crédito instável nesse início de 2015 as oportunidades para o crescimento das empresas que nele atuam continuam acontecendo, portanto, o setor deveria ser disparado o maior e melhor empregador do pais dado o volume de novas vagas ofertadas diariamente. Entretanto o que se percebe é o contrário. O alto índice de turn over ainda no período de experiência traz uma crítica clara aos processos de contratação e fidelização de funcionários.

O processo admissional praticado pelas empresas mais se assemelha ao de contratação de trabalho temporário. O jovem ao ser contratado tem o sentimento que entrou pela porta dos fundos da empresa e com “certezas” que o faz querer ir embora antes mesmo de obter os primeiros resultados.

Agora pergunto…o que conseguir das operações compostas por profissionais desinteressados ou contraproducentes? Produtividade abaixo do esperado, é a principal resposta.  Assim, chegamos ao ponto… a operação não é rentável pois a produtividade está abaixo do aceitável e alavancar resultados sem a disposição dos funcionários é impraticável.

Em um mercado tão competitivo como o que atuamos, o capital humano é a moeda mais valiosa. O Turn Over é o vilão nas operações juntamente com o absenteísmo e o “presenteísmo” (este último que traduzo como o funcionário que comparece ao trabalho mas sem disposição para produzir !!!). Portanto, não conseguir formar e reter a mão de obra necessária para manter a máquina em funcionamento deve ser item prioritário dos planos de ações.

Destaco aqui três pontos fundamentais para equalização dessa matéria. A primeira está relacionada a contratação da mão de obra, pois bem, primeiro é preciso responder as questões… sei qual o perfil de funcionário que necessito para minha operação trazer resultado? tenho como conduzir o funcionário ao estágio que necessito? Assim, é um erro contratar um funcionário sem ouvi-lo, entender suas expectativas e explicitar o que realmente se espera dele.

A integração é o segundo ponto. Faltam programas de integração. Integrar eficazmente, não uma simples orientação acerca das regras da empresa, dos “NÃOS” como costumo dizer. Precisa ficar claro para o funcionário a cultura da empresa, os objetivos do cargo e principalmente contextua-los, funcionário e empresa, no mercado que atuam. Indicar de forma transparente a política de cargos e salarios, as premiações e promoções. Deixar o sabor dos desafios que eles irão encontrar, assim como das oportunidades de desenvolvimento e crescimento que a empresa pode propiciar.

E finalmente como terceiro ponto, destaco a importância de programas de treinamento continuado, interna ou externamente, para a efetiva qualificação e transmissão de conhecimento. É fundamental trabalhar a questão como oportunidade de novos negócios para a empresa. Sim, é através da elevação do nível de serviço prestado pelos colaboradores que isso vai acontecer.

Concluindo, é importante pensar no crescimento da empresa mas também do colaborador que nela atua, estão interligados, inquestionavelmente…Quando os representantes das empresas me perguntam, por que treinar os funcionários? Respondo simples e sinceramente. Para sua sobrevivência.

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Comentários (6)
  1. Concordo com tudo que foi falado pelos colegas, e acrescento que a área de atuação é massante, por isso para suportarem é imprescindível uma gestão entusiasta, com conhecimento, com didática para treinar os operadores fazendo com que eles atinjam as metas e ganhem dinheiro. A geração de pessoas que trabalhamos precisa de algo além do dinheiro, precisam de satisfação, reconhecimento, desafios, de situações que façam sentidos. Precisamos ouvi-los, não devemos atuar com nossas verdades!

    Renata Sooma em 19 de março de 2015 - 08:39
    • Renata, parabéns excelente complemento…obrigada por comentar….grande abraço

      daisy em 02 de julho de 2015 - 12:34
  2. Daisy, tudo bem? Espero que sim.

    Concordo parcialmente com os motivos levantados por você e entendo que a principal causa para a alta rotatividade está na ausência de perspectiva do colaborador dentro das empresas, principalmente neste tipo de atividade, muito repetitiva e de baixa complexidade.

    Como parte da solução, deve ser feito algo além de um plano de carreira, pois não há numericamente oportunidades para todos, por exemplo um programa de desenvolvimento deste profissional enquanto ele realiza esta atividade.

    Há um prazo de validade para este tipo de profissional atuar, ou seja, o tempo que ele suporta realizando algo assim e, se ele não perceber que é uma troca, enquanto eu permaneço nesta atividade me desenvolvo ou posso crescer, ele não fica muito tempo.

    Mas, o modelo adotado por uma parcela das empresas hoje é muito diferente, não é baseado na troca, quando achamos que apenas salário e benefícios são suficientes para reter esta nova geração que é totalmente diferente.

    Os números do emprego e faixa etária de entrada no mercado de trabalho mostram isso. Não é mais só a empresa quem escolhe, mas o colaborador também. E, se ele perceber que fez a escolha errada, vai sair (e não adianta mudar a lei do seguro desemprego para quem sabe o que quer).

    O mercado pode estar aquecido, ter várias oportunidades neste segmento. Mas para qual atividade? Cobrar todos os dias? As empresas precisam oferecer mais que somente um emprego.

    Abraço.

    Rodrigo Matos

    Rodrigo Matos em 18 de março de 2015 - 11:30
    • Concordo…a chave é: porque ele, o funcionário, vai achar que fez a escolha certa se a empresa apresenta-se de maneira tão pouco acolhedora no sentindo do “seu desenvolvimento profissional” . O Colaborador precisa sentir proposito no que faz e quem deve apresentar esse sentido é a empresa … principalmente a essa nova geração.

      daisy em 02 de julho de 2015 - 12:26
  3. Acrescentaria também dois pontos que ajudam a equalizar
    - a contratação de metas claras (no cálculo e na definição), desafiadoras e bem controladas (divulgadas!) para que o profissional se sinta ocupado com os resultados que entrega.
    - feed back´s regulares.

    Abraços.

    Renato Pescara

    Renato Pescara em 18 de março de 2015 - 09:51
    • Sim concordo …o que não se mede não se pode gerenciar

      daisy em 02 de julho de 2015 - 12:09

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