Lyra e maxiPago! traçam estratégias para ampliar participação nos países vizinhos

Por: Natália Flach

Na quarta-feira, Svante Westerberg desembarca em São Paulo para uma reunião que deve mudar os rumos da empresa comandada por ele, a maxiPago!. É que do outro lado da mesa de negociações estará o maior player mundial de meios de pagamento- cujo segmento de atuação o executivo preferiu não citar.

A ideia é que eles acertem os últimos detalhes do acordo que vai impulsionar a expansão pela América Latina. “A parceria vai facilitar o acesso de clientes a outros países e ajudar na adesão de produtos como a carteira digital (dispositivo que armazena informações de pagamentos em seus celulares)”, diz.

Neste ano, está prevista a chegada desse serviço ao Brasil por meio das operadoras de cartão de crédito Visa e Mastercard. Lá fora, as empresas de tecnologia Google e PayPal também estão de olho na disseminação de tablets e smartphones de seus clientes e já oferecem esse dispositivo.

Dados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) apontam que o varejo nacional encerrou 2012 com um crescimento anual de 8,4%. Já o e-commerce brasileiro não para de crescer a passos largos, e teve elevação de 29%, movimentando R$ 24,12 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

A guinada da maxiPago! acontece um ano depois que de sua abertura, que foi impulsionada pelo aporte de US$ 5 milhões de investidores anjo. “Nossa meta é ter 20% do mercado de meios de pagamentos de gateway do Brasil ainda neste ano”, afirma Westerberg. “A meta é até baixa, mas como esse setor tem muitas mudanças o melhor é sermos mais conservadores.

Além disso, vamos triplicar o número de contratos e o volume transacionado.” O primeiro passo para isso já foi dado: a empresa acaba de fechar contrato com duas companhias que integram o top 10 e-commerce. Também estão na carteira de clientes a Dell, Inbrands e Dominos Pizza.

A estratégia da maxiPago! é de oferecer não apenas um gateway de pagamento, mas um sistema antifraude e ainda de conciliação (plataforma que consolida pedidos de venda com recebimentos de redes de adquirentes). Segundo Westerberg, o carro-chefe é o gateway, no entanto, o a empresa consegue maior faturamento por volume no produto de antifraude, por exemplo.

Outra novata que rapidamente abocanhou um espaço importante foi a francesa Lyra. Segundo Jerome Pays, responsável pelo mercado e-commerce da companhia, a expectativa é que a empresa tenha 20% do mercado em 2014.

Desenvolvido desde 2009, inicialmente para atender a demanda interna de um grande banco francês, a plataforma PayZen já é utilizada por cerca de 20 mil lojas virtuais e opera uma rede de alta disponibilidade e segurança na qual estão conectados mais de 500 mil pontos de venda que transportam 100 milhões de transações por mês. “A expectativa é chegar 3 milhões de transações.” Além disso, a meta é crescer 35% e atingir R$ 200 milhões de faturamento nos próximos cinco anos.

“Não viemos atrasados para o país. Na verdade, o Brasil é o maior mercado da América Latina e vai pensar bastante em ter segurança nos próximos anos. O país vai servir de rota de lançamento para o resto da região. Mas não vamos simplesmente exportar produtos, porque cada mercado peculiaridade.”

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