Por: Karin Sato

O Banco Safra, quinto maior de capital privado do país, registrou lucro líquido de R$ 1,358 bilhão em 2013, com um aumento de 6,1% em relação a 2012.

A instituição apresentou piora em algumas linhas do balanço de 2013, a começar pela queda de 2% na comparação anual das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias, que chegaram a R$ 717,8 milhões, em um movimento contrário ao que foi visto nos grandes bancos privados.

Já as despesas de pessoal e administrativas avançaram 9,5% – ritmo bem superior ao da inflação medida pelo IPCA no ano, de 5,9% — e atingiram R$ 1,9 bilhão.

Outro ponto a ser considerado é que, apesar do recuo do índice de inadimplência acima de 90 dias de 1,6% em 2012 para 1,3% no ano passado, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa subiram 14,7%, para R$ 1,25 bilhão. De acordo com o Safra, isso ocorreu devido ao conservadorismo adotado pela gestão do banco.

Por outro lado, a receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo cresceu 80%, totalizando R$ 218,8 milhões, o que favoreceu o avanço do lucro líquido do banco. Outra linha que afetou positivamente os ganhos do Safra foi a do resultado com operações de seguros e previdência, que registrou um avanço de 10,2%, totalizando R$ 112,5 milhões. O saldo de crédito do banco teve expansão de 11,2% no ano passado ante 2012 e chegou a R$ 54,334 bilhões, no conceito do Banco Central, que exclui avais e fianças.

O banco explica que aderiu ao Refis e, com isso, obteve R$ 389 milhões. Desse montante, cerca de R$ 50 milhões foram direcionados a contingências para o caso de uma decisão negativa para as instituições financeiras no julgamento da correção da poupança relacionada aos planos econômicos. O restante serviu para reforçar provisões para operações de crédito.

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